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Funcionários de prisões pedem mais segurança

Por Agencia Estado
Atualização:

Os funcionários do Sistema Prisional do Estado estão preocupados com a sua própria segurança. Nesta terça-feira, em reunião com o secretário das Administrações Penitenciárias, Nagashi Furokawa, eles pediram medidas urgentes para aumentar a segurança nos presídios, principalmente nos que ocorreram rebeliões, nesta segunda-feira. Entre as principais propostas apresentadas na reunião, o presidente do sindicato dos funcionários, Nilson de Oliveira, apontou a volta das áreas de segurança, definidas por placas, mudança de trânsito na frente das penitenciárias, instalação de equipamentos eletrônicos de proteção como detectores de metal e máquinas de raio-x nas instalações como as mais importantes. ?Hoje, não temos segurança alguma. Se estourar uma guerra entre facções criminosas, o funcionário não tem o que fazer contra presos armados de estiletes. Ele só fica olhando?, reclamou Oliveira. De acordo com ele, Furokawa prometeu encaminhar o pedido da recriação das áreas de segurança para implantação imediata e a instalação de equipamentos eletrônicos à apreciação do Ministério da Justiça. Os funcionários pediram, ainda, a contratação de mais 8 mil agentes penitenciários, que se juntariam aos 19 mil que já trabalham nos presídios paulistas. O secretário prometeu estudar o pedido. Com relação à outra reivindicação da categoria, o controle dos celulares, o secretário afirmou, de acordo com o sindicalista, que a medida dependerá da definição do Ministério da Justiça, que se reuniu nesta terça para discutir o assunto. Na opinião de Oliveira, as rebeliões de segunda-feira não foram uma espécie de ?comemoração?, de um ano da megarrebelião nos presídios paulistas, ocorrida na mesma data do ano passado. ?O que aconteceu, na verdade, foi uma seqüência de vinganças causada pelo assassinato de três membros do PCC, em Sorocaba?, disse. Além das questões relacionadas à segurança, os funcionários discutiram, ainda, com o secretário, a criação de um plano de carreira para a categoria. Atualmente, os agentes penitenciários têm piso de R$ 1.084,00, e eles gostariam que esse valor fosse aumentado. A Polícia Militar tem mantido uma ou duas viaturas de plantão, 24 horas por dia, em frente à sede da Secretaria de Administração Penitenciária, na Avenida São João, região central. A secretaria sofreu três atentados nos últimos dias. Os PMs que ficam na pista oposta à do prédio da secretaria têm ordens de parar e vistoriar todos os veículos suspeitos que circulam pelo local. Eles se revezam em turnos de 12 horas e, caso haja algum problema, têm instruções de chamar reforço pelo rádio. Durante pelo menos duas horas em que a reportagem permaneceu em frente à secretaria, quatro carros foram parados pelos policiais.

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