Fundadores da Renascer estão presos nos EUA, diz consulado

Casal foi detido em Miami na terça ao desembarcar com dinheiro não declarado

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Por Agencia Estado
Atualização:

Estevam e Sônia Hernandes, fundadores da Igreja Renascer em Cristo, estão detidos em uma prisão federal da Flórida, nos Estados Unidos, segundo o consulado americano em São Paulo. De acordo com informações da revista Consultor Jurídico, o casal encontra-se atualmente detido no Federal Detention Center, em Miami, por motivos relacionados com sua situação junto ao Serviço de Imigração dos EUA. Fontes do Ministério Público de São Paulo também confirmaram a informação. Na terça-feira, 9, Estevam Hernandes e sua mulher Sônia, foram detidos pelo FBI ao desembarcar em Miami com US$ 56 mil. Em suas declarações às autoridades de imigração, o casal informou a posse de apenas US$ 10 mil. Por isso foram presos. Na ocasião, o casal, que tem residência em Miami, pagou uma fiança de US$ 100 mil referente a outra ordem de prisão que existia contra eles e foram liberados. Para as questões de imigração em que se envolveram agora e que motivaram sua nova prisão, não há previsão de pagamento de fiança e por isso, a Polícia de Imigração no Aeroporto Internacional de Miami manteve o casal na prisão. No Brasil No Brasil, a prisão do casal Hernandes foi decretada nesta quarta-feira, 10, pela 1ª Vara Criminal de São Paulo, a pedido do Ministério Público estadual. O casal responde processo por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estelionato. O caso corre em segredo de Justiça. O pedido de prisão foi feito pelos promotores do Gaeco justamente pelo fato de o casal tentar entrar nos EUA com os 56 mil dólares não declarados. Ao chegar à Flórida, o casal declarou na alfândega que levava US$ 10 mil, limite permitido pela lei americana - mas na verdade transportava US$ 56 mil. Durante revista na bagagem, os policiais encontraram notas espalhadas por bolsos, fundos falsos e US$ 9 mil escondidos dentro de uma Bíblia. O advogado de defesa do casal, Luiz Flábio Borges D´Urso, também presidente da OAB paulista, não foi encontrado para comentar o assunto.

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