Furnas volta a operar hidrelétrica após constatar que deslocamento da lama é lento
Atividades da empresa do grupo Eletrobrás haviam sido paralisadas como medida preventiva após tragédia nesta sexta-feira
Por André Borges e Renan Truffi
Atualização:
A estatal Furnas, do grupo Eletrobrás, informou neste sábado que retomou as operações das duas turbinas de sua hidrelétrica Retiro Baixo, que funciona no rio Paraopebas. As atividades haviam sido paralisadas na última sexta-feira como medida preventiva, para evitar que os rejeitos da barragem de Brumadinho (MG) pudessem comprometer a estrutura, mas foram retomadas após autoridades informarem que o deslocamento da lama é lento.
A concessionária Retiro Baixo Energética, formada por Furnas (49%), Cemig (49,9%) e Orteng (1,1%), havia tomado providências para conter a lama ainda na sexta-feira, 25, logo após a tragédia. "As primeiras providências da Retiro Baixo para conter a lama foram tomadas na sexta-feira (25/01), quando a operação da usina foi interrompida no mesmo dia, às 16h, além da realização de testes de vertedouro e fechamento das tomadas de água para preservar os equipamentos", diz o comunicado. "A empresa está em contato permanente com as autoridades competentes para avaliar os reflexos causados pelo deslocamento da lama e tomar novas providências".
2º dia de trabalhos de resgate em Brumadinho
1 / 112º dia de trabalhos de resgate em Brumadinho
Resgate aéreo
Equipe de resgate usa helicóptero para procurar vítimas do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), de propriedade da Vale Foto: Giazi Cavalcante/Código 19
Equipe de resgate
Grupo de resgate caminha sobre a lama em busca de vítimas do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, emBrumadinho (MG), de propriedade da Vale Foto: Antonio Lacerda/EFE
Presidente Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro observa destruição causada após rompimento de barragem da Vale em sobrevoo a Brumadinho Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República
Área devastada
Área devastada pela lama após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão,de propriedade da mineradora Vale Foto: Wilton Júnior/Estadão
Carro atolado
Um carro ficou atolado e destruído no meio da lama após o rompimento de barragem em Brumadinho (MG) Foto: Wilton Junior/Estadão
Corpo encontrado
Bombeiros carregam o corpo de uma das vítimas do rompimeto da barragem em Brumadinho até posto montado em frente da Igreja de Nossa Senhora das Dores Foto: Wilton Júnior/Estadão
Resgate
Helicóptero do Corpo de Bombeiros de MGresgata vítimado rompimento da barragem no Córrego do Feijão, emBrumadinho, de propriedade da Vale Foto: Reprodução/TV Record
Ponte
Ponte arrastada pela lama nas proximidades da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, MG, de propriedade da Vale Foto: Antonio Lacerta/EFE
Estrada
Moradores observam trabalho dos bombeiros em estrada bloqueada pela lama em Brumadinho (MG) Foto: Wilton Junior/Estadão
Helicoptero
Um helicóptero sobrevoa a cidade de Brumadinho, buscando vítimas após o rompimento da barragem Foto: Wilton Junior/Estadão
Vaca atolada
Vaca atolada em área devastada pela lama em Brumadinho Foto: Wilton Junior/Estadão
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Mais cedo, o Estado apurou com técnicos que monitoram a situação que agora é pequena a possibilidade dos rejeitos da barragem alcançarem a Represa de Três Marias no Rio São Francisco, por causa da alta densidade da lama. Até sexta-feira, a avaliação era de que a lama que invadiu o Rio Paraopeba seria amortecida pela Barragem da Hidrelétrica Retiro Baixo podendo avançar pelo curso do rio e chegar a Três Marias.
Reuniões técnicas estão ocorrendo neste sábado. Por conta do quadro, o prazo de chegada do rejeito até a estrutura também foi recalculado de dois para até 4 dias. A hidrelétrica tem potência de 82 megawatts (MW) e está localizada na região dos municípios mineiros de Pompéu e Curvelo, a cerca de 240 quilômetros de Brumadinho.