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Garota de 11 anos morre em tiroteio na Rocinha

Por Pedro Dantas
Atualização:

Estudante da 5ª série, Ágata Marques dos Santos, de 11 anos, aproveitava os últimos dias de férias na casa do pai, na Favela da Rocinha, em São Conrado, zona sul do Rio, diante do computador. Ao ouvir barulho de fogos, ensaiou ir até a janela. Advertida pelo pai, voltou e sentiu uma dor no braço. Em pouco tempo, ela desmaiou e morreu minutos depois a caminho do Hospital Miguel Couto, na Gávea. O tiro atravessou o braço, entrou pelo tórax, atingiu o coração e vários órgãos vitais e saiu do corpo da menina. "Quando ouvi os fogos e tiros, fui até a janela pedir para as pessoas saírem da rua. Vi uma viatura da polícia atirando na direção da minha casa", contou o motorista autônomo Claudino Silva dos Santos, de 36 anos. O pai de Ágata pegou a filha no colo e saiu em busca de socorro. Encontrou a viatura que entrou atirando estacionada quase na porta de casa. "O policial me perguntou o que tinha acontecido e eu respondi: preciso de ajuda, vocês acabaram de matar a minha filha", contou Santos. Segundo ele, a viatura era da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a unidade de elite da Polícia Civil que deu apoio a uma operação com 150 policiais das Delegacias de Roubo e Furto de Cargas e Delegacia de Roubo e Furto de Automóveis, iniciada às 13h30. Pouco antes, os mesmos agentes fizeram uma operação na Favela de Acari, na zona norte, onde dois homens foram mortos. O objetivo da operação, segundo o delegado-titular da Core, Rodrigo Oliveira, era prender o chefe do tráfico da Rocinha Antônio Bonfim, o Nem, que não foi detido. TIRO ACIDENTAL Uma menina de 4 anos foi atingida por um tiro na cabeça ontem à tarde em Itapecerica da Serra, Grande São Paulo, ao brincar com uma arma dentro de casa. O disparo acidental ocorreu quando o irmão da garota, de 9 anos, entrou no quarto e a viu com a arma na mão. Ele ficou desesperado e tentou retirar a arma da irmã. Mas o revólver caiu no chão e o tiro foi disparado.

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