Garotinho anuncia patrulha permanente de favelas

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Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de ouvir denúncias de abusos cometidos por policiais militares na Rocinha, a Secretaria de Segurança Pública do Rio anunciou hoje que será criado um grupo especial dentro do 23º Batalhão (do Leblon) para patrulhar a favela permanentemente, assim como é feito no ?asfalto?. Além disso, um comandante ficará num posto na favela, a fim de aproximar os moradores da corporação. A comunidade ainda teme uma nova guerra de traficantes. Desde o confronto entre grupos rivais iniciado na Semana Santa, que deixou 13 mortos, o morro está ocupado por 1.200 PMs de 25 batalhões. Agora, 270 recém-formados no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cefap) se somarão a eles. O grupo atuará só na Rocinha. A secretaria não informou quando a nova ocupação começará. Segundo William de Oliveira, presidente de uma das associações de moradores locais, que se reuniu hoje com o secretário de Segurança Pública, Anthony Garotinho, e com representantes do Viva Rio, os policiais que estão na favela desde abril têm praticado diversas arbitrariedades, alguns registrados na 15ª Delegacia Policial. Eles também travaram tiroteios recentes e balearam quatro moradores, entre eles Paloma da Silva, de 12 anos, ferida na terça-feira. Rubem César Fernandes, coordenador do Viva Rio, disse que o fato de os policiais serem de diferentes pontos do Estado e não responderem a um comando único faz com que a relação com a população seja difícil, daí a necessidade de mudar o esquema.

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