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Garoto é acusado de matar madrasta com facada

Por Agencia Estado
Atualização:

O garoto D., de 11 anos, não gostou de ver a madrasta Lucimara Aparecida da Silva, de 25 anos, dando chineladas em sua meia-irmã, de apenas 3 anos. Pediu para ela parar. Lucimara não deu bola e continuou a aplicar a surra, que teria sido motivada pelo fato de a garota ter deixado cair um objeto no chão. ?Vou te dar uma facada?, ameaçou o garoto. A madrasta respondeu em tom provocativo: ?Então, vem?. D. cumpriu a ameaça. Pegou uma faca e deu um único golpe nas costas de Lucimara. Mais tarde, na delegacia de Franco da Rocha, município da Grande São Paulo onde ocorreu o crime, o garoto ficou em estado de choque e passou a chorar sem parar quando soube que tinha matado a madrasta. D. disse ao promotor de Justiça do município, Luis Arthur Yughetti Capuzzo, que ele e a meia-irmã (filha biológica de Lucimara) sofriam maus-tratos constantes. O exame de corpo de delito constatou ferimentos nas costas e nas nádegas da garota. Seriam marcas de chineladas. O delegado José Carvalho Santoro disse que a tia de D. contou que há 15 dias a madrasta teria jogado uma pedra na cabeça da criança, causando sangramento. O pai de D. está em Maceió, onde foi procurar emprego, e deve voltar no domingo. Segundo Capuzzo, como D. tem apenas 11 anos de idade, vai sofrer medidas protetivas, como manda o Estatuto da Criança e do Adolescente. No fim de semana ele vai ficar sob a guarda da tia, na mesma casa onde ocorreu o crime, na Rua dos Picos, no Jardim das Colinas. ?Ele não é uma criança perigosa, não é um monstro, foi uma inconseqüência?, disse o delegado Santoro. ?Ele nem sabia que tinha matado. Falou que tentou dar a facada no braço?, afirmou o delegado. Depois de atingida, Lucimara foi socorrida por familiares e policiais, mas morreu no Hospital de Franco da Rocha. Entre as medidas protetivas que cabem no caso, o promotor cita tratamento psicológico, acompanhamento social e matrícula obrigatória na escola.

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