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Gaudenzi admite irregularidades na Infraero e anuncia trocas

Segundo novo presidente da estatal, há informações de sobrepreço e sobrefatura

Por Tania Monteiro
Atualização:

O presidente da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi, admitiu na CPI do Senado que investiga as causas da crise aérea, nesta terça-feira, 21, a existência de irregularidades em contratos firmados pela estatal e que vai trocar todos os diretores da empresa. Veja também: CPI do Senado aprova quebra de sigilos de Denise Abreu Sistema de vôo brasileiro opera no limite, diz sargento Sargento diz que, com motim, controladores se 'defenderam' Relação com aeronáutica está pior, diz controlador de vôo Mulheres protestam na CPI contra prisão de controladores Gaudenzi comentou que foi informado de que havia áreas de licitação com sobrepreço e sobrefatura e determinou um levantamento sobre possíveis irregularidades. "O objetivo é eliminar divergências. Queremos dirimir dúvidas e ver pela planilha se existe sobrepreço ou não", afirmou Gaudenzi. Em seu depoimento à CPI, ele preferiu não fazer exposição inicial e pediu aos senadores para que iniciassem as perguntas. O senador Demosthenes Torres (DEM-TO), relator da CPI, pediu a Gaudenzi que informasse aos senadores sobre a situação da empresa. Gaudenzi informou que pediu à Controladoria Geral da União para que fizesse um acompanhamento sistemático das ações da Infraero para evitar problemas. Disse também que o Tribunal de Contas da União (TCU) já está com uma planilha da Infraero para avaliar cada um dos contratos. Demissões e trocas na estatal O presidente da Infraero disse que todos os diretores da empresa serão trocados e que já comunicou isso a todos os atuais ocupantes dos cargos. Gaudenzi informou também que no caso dos superintendentes regionais, os cargos também serão preenchidos por pessoas do quadro da empresa.  Ao ser informado pelo relator da CPI, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), de que existe um esquema de crime organizado na Infraero, Gaudenzi disse que seria "leviano" fazer qualquer acusação a alguma área dentro da empresa. "Se houver algum apontamento da CGU (Coordenadoria Geral da União) ou do TCU (Tribunal de Contas da União) ou da CPI contra alguém, imediatamente vamos tomar providências" afirmou.  O presidente da estatal disse também que não tem nenhuma razão para não voltar atrás em decisões que foram tomadas até agora, mas observou que precisa de algum tempo para analisar o que está encontrando na empresa, já que está há poucos dias no cargo.

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