Gaviões e Mancha desfilarão fora de concurso em São Paulo

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Por Agencia Estado
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A Liga das Escolas de Samba de São Paulo divulgou nesta terça-feira o regulamento para o carnaval 2006, segundo o qual tanto a Gaviões da Fiel, que abre os desfiles deste ano no sambódromo paulistano, como a Mancha Verde, não poderão entrar na disputa do grupo especial. As escolas das torcidas rivais terão seus pontos calculados numa categoria à parte, a das ´escolas esportivas´, ligadas a torcidas de times de futebol. A assessoria da Liga, porém, ainda não confirmou a decisão. Apesar disso, a assessoria de imprensa da Gaviões da Fiel afirma que a escola está recorrendo da decisão e que não concorda com a disputa por pontos em uma categoria à parte. O advogado da escola, Gilberto Jabur, afirmou que em agosto de 2005, a Gaviões entrou com ação contra a Liga por exclusão da agremiação do Grupo Especial. A decisão teria sido baseada em um regulamento válido para os anos de 2002 a 2005, segundo o qual quando há mais de uma escola de samba no desfile representando time de futebol, elas devem desfilar em um grupo à parte e serem julgadas por um grupo de jurados diferentes dos que julgarão as demais escolas. Em 27 de dezembro, o juiz Luís Mário Galbetti, da 33ª Vara Cível de São Paulo, concedeu ganho de causa a Gaviões, considerando que a Liga havia cometido abuso de direito, pois no regulamento constava também que deveriam ser respeitados os direitos adquiridos e a escola alegou que tinha esse direito porque já desfilou no grupo especial antes desse regulamento. Em janeiro, foi criado um novo regulamento que mais uma vez excluiu a Gaviões do Grupo Especial. A escola entrou novamente com ação na justiça e aguarda a decisão. Na Mancha Verde, o problema é outro. A escola não se importa em desfilar em uma categoria à parte. Porém, quer que o desfile aconteça no sábado junto com o grupo especial. "Vamos desfilar no sábado junto com o Grupo Especial. É indiferente disputar o título em uma categoria à parte. Para mim, o importante é participar do Carnaval", afirma Paulo Serdan, presidente da escola.

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