General diz que combate ao crime organizado requer repressão e prevenção

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Por Agencia Estado
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O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Alberto Cardoso, disse que o fechamento do comércio no Rio de Janeiro é um problema complexo que requer, juntamente com a repressão, ações preventivas. Caso contrário, acrescentou, "é enxugar o chão com a torneira aberta". O general classificou como "uma ironia" a solenidade de hoje no Palácio do Planalto - de assinatura de convênio entre o governo e a Universidade Federal do Rio para inserir no mercado de trabalho 10 mil jovens do ensino médio na rede pública da cidade - que se traduz em um evento para a prevenção do crime enquanto que a cidade do Rio vivia um momento de tamanha violência. O general disse que a ação de hoje está sendo praticada por quadrilhas e não pelo crime organizado propriamente dito. Mas afirmou que este tipo de atitude só ocorre porque existe o crime organizado. Segundo ele, ações preventiva contra o crime, como a prevista no convênio assinado hoje, podem render frutos num prazo entre cinco e oito anos. Para ele, se planos como este tivessem sido adotados oito anos atrás, "a situação não seria a mesma". Ele disse que o problema é decorrente da ausência do Estado nas comunidades carentes e que o crime organizado precisa ser atacado também através do combate à lavagem do dinheiro.

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