Genro de bicheiro é preso, acusado de tentar matar o rival

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Por Agencia Estado
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Genro do falecido bicheiro Castor de Andrade, Fernando de Miranda Ignácio, de 37 anos, foi preso na tarde desta segunda-feira, após prestar depoimento no 4º Tribunal do Júri. Ignácio tem duas condenações, que somam 12 anos, e estava solto graças ao pagamento de fiança. Ele perdeu a liberdade por decisão do presidente do Tribunal de Justiça (TJ), desembargador Marcus Faver, a pedido do Ministério Público, devido a suposto envolvimento na tentativa de homicídio do empresário Rogério Andrade, sobrinho de Castor, no dia 9 de outubro de 2001. Um habeas-corpus fora concedido a Ignácio pela 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, no ano passado, depois de o pedido ter sido indeferido por Faver. A denúncia de sua participação no atentado contra Rogério Andrade ?, recebida pelo 4º Tribunal do Júri, em 11 de janeiro deste ano, provocou a quebra da fiança, conforme prevê o artigo 341 do Código de Processo Penal. De acordo com a polícia, Ignácio e Andrade disputam o controle da exploração de máquinas caça-níquel na zona oeste do Rio. A tentativa de assassinato foi feita pelo fuzileiro naval da reserva Eduardo Oliveira da Silva, de 48 anos, a tiros de pistola, quando Andrade chegava à casa da namorada Verônica Garrido, em um apart-hotel da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade. O empresário lutou com o criminoso, que fugiu e foi capturado minutos depois por policiais da 16.ª DP. Silva estava hospedado há 15 dias no mesmo apart-hotel de Verônica. À polícia, o ex-militar revelou na época que receberia R$ 20 mil pela morte de Andrade. Em seu celular, a polícia detectou uma ligação para Fernando Ignácio, que passou a figurar como principal suspeito de ser o mandante da execução. Ignácio já foi condenado a nove anos de prisão por envolvimento com o jogo do bicho e a três anos por corrupção ativa. Quando foi preso, prestava depoimento no 4º Tribunal do Júri sobre a tentativa de homicídio de Andrade.

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