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Gol recusa pedido do MP para regularizar escalas dos funcionários

Na próxima sexta-feira, trabalhadores da empresa farão assembleia para decidir paralisação

Por Pedro da Rocha e da Central de Notícias
Atualização:

SÃO PAULO - Em audiência realizada na tarde de hoje, 9, pelo Ministério Público do Trabalho, a Gol linhas aéreas se recusou a regularizar, até o dia 20 deste mês, as escalas de trabalho dos seus funcionários. Estavam presentes na reunião o Sindicato Nacional dos Aeronautas, o Sindicato Nacional dos Aeroviários e a Gol Linhas Aéreas.

 

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Um trecho da ata da audiência diz que "O Ministério Público do Trabalho propôs à Gol que até a próxima audiência (...) fosse assumido o compromisso de manter rigorosamente as escalas dentro do patamar legal e da convenção coletiva. A empresa disse não ser possível assumir tal compromisso nesse momento, sob pena de multa."

 

Os sindicatos também alegaram que há disparidade entre os salários dos funcionários da companhia. A contratação de empresas terceirizadas que não respeitam a regulamentação do setor foi outro problema apontado.

 

A Gol disse que tomara conhecimento dessas reivindicação recentemente, e que iria tratar desses assuntos em reunião com o sindicato, agendada para a próxima quarta-feira, 11. Quanto a situações precárias de trabalho descritas pelos sindicatos, a ata informa que a Gol "diz ignorar as situações descritas pelos Sindicatos, tais como pilotos com privação de sono, viajando madrugadas seguidas, chegando mesmo a dormir no curso do trabalho."

 

Está marcada para a próxima sexta-feira assembleia dos trabalhadores da empresa, em que será discutida a possibilidade de paralisação, "tendo em vista que a empresa não se compromete oficialmente, sob pena de multa, ao cumprimento da convenção coletiva e da regulamentação da categoria", segundo a ata. Procurada pela reportagem para comentar a audiência, até as 18h30 a Gol ainda não havia respondido.

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