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''Gosto de ir ao MAM e ver alunosr, diz colecionador

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Por Redação
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A satisfação de dividir seus tesouros particulares com um número grande de pessoas é bem conhecida do megacolecionador Gilberto Chateaubriand. Dono do mais completo conjunto de arte brasileira do País, desde 1992 ele mantém no MAM, em regime de comodato (pode reavê-las quando quiser, desde que com aviso prévio de seis meses), 6 mil obras, de 266 artistas, entre Di Cavalcantis, Portinaris, Tarsilas e muitos outros. O MAC USP, o MNBA e o Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York também têm Chateaubriand como parceiro. "Guardava tudo em casa, mas depois (com o aumento das aquisições), só alugando um galpão. A finalidade de ter uma coleção é compartilhá-la. Gosto quando vou ao MAM e vejo alunos de escolas. Não pretendo retirar as obras de lá nunca", diz ele, pai do presidente do local, Carlos Alberto Chateaubriand. O colecionador é para o MAM o que filhos e netos de ex-presidentes são para o Museu da República, no Palácio do Catete (sede do governo federal até sua transferência para Brasília) - depositário de objetos, roupas, quadros e presentes ganhos durante o mandato. Parentes de presidentes colaboram também com o Museu Histórico Nacional. Foram para lá as condecorações de Ernesto Geisel. A frequentadora Reymond de Vasconcelos, de 105 anos, por sua vez, acertou a cessão de uma sala de jantar francesa do século 19, completa, que irá para o museu após sua morte. Diretora do MHN há 15 anos, Vera Tostes decidiu, em 2008, que era hora de o museu correr atrás de potenciais colaboradores, em vez de esperar. No ano passado, foram 70 os doadores; neste ano, até abril, já são 62. "As pessoas têm afeto por seus objetos e querem que eles sejam bem guardados e divulgados." Com mais de 40 artistas e colecionadores na listagem de doadores, o MNBA obteve, em seis anos, 5,6 mil obras de pintores como Victor Meireles, Pedro Américo e Henrique Bernardelli.

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