Como o ambiente ficou tenso, a solenidade foi abreviada e resumiu-se à devolução formal da administração do presídio exclusivamente à Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), depois de dois meses sob comando conjunto com a Brigada Militar.
Os momentos mais tensos ocorreram antes da chegada da governadora e estão vinculados com fatos ocorridos em abril. Naquele mês, após denúncia de que agentes da Susepe teriam maltratado presos, a Brigada Militar passou a participar do controle da penitenciária. Agora o comando voltou à Susepe, que escalou outra equipe de servidores para o presídio.
Como preferiam que a Brigada Militar continuasse no local, os presos rebelaram-se, derrubaram o muro que dividia duas galerias e depredaram algumas instalações. O motim foi controlado pelos policiais militares, mas os presos, reunidos no pátio interno, seguiram gritando palavras de ordem, que eram ouvidas nas redondezas, contra a troca do comando.
Em breve entrevista, Yeda assegurou que os novos responsáveis designados pela Susepe vão manter o modelo de controle adotado pela Brigada Militar na administração do presídio. Prometeu, ainda, que a penitenciária de Caxias vai se transformar em modela para outras no futuro.
A governadora deixou o local rapidamente e seguiu viagem para Rio Grande, onde tinha outros compromissos agendados. A Brigada Militar revistou os presos e deixou um pelotão de choque disponível para controlar outras eventuais tentativas de rebelião.