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Governo critica aplicação de recursos do Bolsa-Escola em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

A Prefeitura de São Paulo está utilizando apenas R$ 108 mil dos R$ 2 milhões que o governo federal coloca mensalmente à disposição do município para ser empregado no programa bolsa-escola, para atender às populações carentes da cidade. O governo federal divulgou este número para responder ao estudo realizado pelo secretário de Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da prefeitura da capital paulista, Márcio Pochmann, que diz que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial do desemprego em números absolutos, com 11,454 milhões, perdendo apenas para a Índia. "Se o secretário cadastrasse as famílias que têm direito ao atendimento, certamente a população do município estaria mais bem assistida", desabafou o secretário-nacional do Programa Bolsa-escola, Floriano Pesaro. Segundo Pesaro, ?o secretário municipal Pochmann, ao invés de continuar fazendo estudos, deveria executar os programas que estão à disposição da Prefeitura, que não têm a menor ingerência política e que necessitam apenas de repasse de informação ao Ministério da Educação das famílias candidatas aos benefícios". De acordo com o secretário do bolsa-escola, há 13 meses o governo federal tenta repassar os R$ 2 milhões mensais que estão disponíveis para atender 79,610 mil famílias e 145,5 mil crianças. Até agora, a secretaria municipal do Trabalho só conseguiu cadastrar 7% de famílias que teriam direito ao benefício - que correspondem a 5851 famílias. Com isso, apenas 5% do universo das crianças - correspondente a 7230 crianças - estão sendo atendidas. "Hoje o governo federal transfere apenas R$ 108 mil quando poderia estar repassando R$ 2 milhões", afirmou Floriano Pesaro. Para ele, a prefeitura municipal ao invés de ficar apresentando estudos com números negativos, deveria estar implantando o programa bolsa-escola, que certamente aliviaria a situação de muitos desses desempregados que ele denuncia. "Ele não é mais pesquisador da Unicamp e tem de assumir o seu papel de gestor, aplicando os recursos disponíveis em favor das populações carentes. Basta que o secretário municipal repasse ao MEC o nome das famílias cadastradas para receber o bolsa-escola, que elas serão contempladas", reiterou.

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