
29 de maio de 2010 | 00h00
Na quarta-feira passada, durante visita ao Rio, o tucano acusou o governo de La Paz de cumplicidade com o tráfico de drogas, dizendo que 90% da cocaína consumida no Brasil vem do país vizinho. Ontem e anteontem, ele retomou o assunto.
Eleitoral. Segundo a chancelaria boliviana, as declarações foram "desaprensivas" - palavra que pode ser traduzida como irresponsáveis, imorais ou inescrupulosas -, pois "fariam alusão a nosso país em relação ao tráfico ilegal de drogas".
A diplomacia boliviana "rejeita enfaticamente as declarações realizadas". Segundo a chancelaria em La Paz, as afirmações de Serra poderiam "ser atribuídas provavelmente às intenções político-eleitorais de absoluta incumbência de sua candidatura".
Ações conjuntas. Em comunicado, a chancelaria boliviana afirma que, "como tais afirmações não refletem a realidade", os governos da Bolívia e do Brasil estão realizando ações conjuntas na luta contra o flagelo do narcotráfico, no marco da Segunda Estratégia de Cooperação entre a polícia da Bolívia e a Polícia Federal do Brasil.
O comunicado sustenta ainda que o governo em La Paz "ratifica o compromisso assumido de luta contra o tráfico ilícito de drogas em coordenação com os organismos internacionais especializados no assunto".
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