
11 de agosto de 2011 | 00h00
Em relação à pesquisa do Ibope feita no fim de março, também encomendada pela Confederação Nacional da Indústria, houve queda de 8 pontos porcentuais na parcela da população que considera o governo ótimo ou bom. O índice de ruim/péssimo subiu de 5% para 12%.
Diferentemente do Ibope, pesquisas feitas pelo instituto Datafolha no início de março, junho e agosto registraram estabilidade na avaliação positiva da administração (47%, 49% e 48% de ótimo e bom, respectivamente).
Isso indica que o levantamento de março do Ibope registrou um pico atípico de aprovação ao governo e à presidente. A pesquisa foi feita logo depois da visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil. Na época, elogios públicos do norte-americano a Dilma tiveram grande exposição na mídia.
Do fim de março para cá, a presidente passou por escândalos e crises que culminaram na queda dos ministros Antonio Palocci (Casa Civil) e Alfredo Nascimento (Transportes). Nelson Jobim, da Defesa, também perdeu o cargo após criticar colegas do ministério em uma entrevista. No caso dos Transportes, a "faxina" promovida pelo Palácio do Planalto resultou na demissão de cerca de 20 funcionários supostamente envolvidos em irregularidades.
O último escândalo do governo - a recente prisão de dezenas de servidores do Ministério do Turismo, acusados de fraudar um convênio - não teve seus efeitos medidos pela pesquisa, pois ocorreu depois da realização das entrevistas. Foram ouvidos 2.002 eleitores, em 141 municípios, entre 28 e 31 de julho.
Setores, Apesar de o governo como um todo ser mais aprovado que desaprovado, o mesmo não se verifica quando os entrevistados respondem sobre nove áreas específicas da gestão. Em sete desses tópicos, o número de eleitores insatisfeitos supera o de satisfeitos.
É o caso, por exemplo, da política de combate à inflação, desaprovadas por 56% e aprovadas por 38%, e da política de juros (63% e 29%, respectivamente).
As únicas áreas em que o governo é majoritariamente aprovado são o combate à fome e à pobreza (57%) e o meio ambiente (52%).
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.