
06 de junho de 2011 | 12h45
RIO - O governo do Rio de Janeiro confirmou nesta segunda-feira, 6, que não há mais nenhum canal de negociação com os bombeiros fluminenses. Os militares estão em estado de greve desde a manhã de sábado, depois que o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) expulsou um grupo de bombeiros que havia tomado o Quartel Central da corporação na noite de sexta-feira. 439 militares foram presos.
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Apesar do governador Sérgio Cabral (PMDB) ter se recusado a falar sobre o assunto na manhã desta segunda-feira, 6, após solenidade no Palácio Guanabara, o secretário de Estado da Casa Civil, Regis Fichtner, disse que as conversas com os bombeiros foram encerradas após o episódio no Quartel. "Tínhamos um canal de negociação, mas ele foi fechado por causa da invasão", limitou-se a dizer Fichtner.
Sorrindo, Cabral afirmou à imprensa que qualquer informação sobre a questão dos bombeiros seria tratada pelo coronel Sérgio Simões, comandante geral da corporação, nomeado pelo governador na manhã de sábado.
Os bombeiros alegam que o governo se recusou a conversar sobre as reivindicações desde que o movimento por melhorias de salário começou, há cerca de três meses. As negociações teriam se limitado a reuniões com o líder do governo na Assembleia Legislativa (Alerj), deputado André Correa (PPS), e com o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy Barbosa.
A categoria pleiteia aumento do piso salarial dos atuais R$ 950 líquidos para R$ 2 mil, além de melhorias das condições de trabalho e benefícios como vale-transporte.
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