Governo do Rio quer mais dinheiro para combater violência

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo do Rio vai pedir amanhã em Brasília mais dinheiro para combater o crime organizado. A União prometeu R$ 40 milhões, mas o Estado acha pouco, já que a Prefeitura da capital ofereceu R$ 100 milhões. O governo quer também aumento do efetivo das polícias Federal e Rodoviária Federal e ajuda para atuar contra a rede de financiamento dos traficantes de drogas. O chefe de Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, que faz parte da equipe que se encontrará com o diretor geral da PF, Paulo Lacerda, disse que os efetivos da PF e da PRF no Rio são "ridículos". "A PF não tem condição sequer de policiar aeroportos, administrar a emissão de passaporte e investigar o narcotráfico, que dirá partir para um enfrentamento com o crime organizado", afirmou Lins. O combate ao financiamento do tráfico deve ser eleito prioridade para o chefe de polícia. "Sem dinheiro, os criminosos não compram drogas nem armas. Temos de investigar parentes, advogados, amigos dos traficantes, apreender imóveis e contas bancárias e dar quebrar a rede de lavagem de dinheiro." Além de Álvaro Lins, vão a Brasília o secretário de Segurança, coronel Josias Quintal, o presidente do Instituto de Segurança Pública, coronel Jorge da Silva, e o comandante da PM, coronel Renato Hottz. Crimes Enquanto o plano de segurança para o Rio não sai do papel, a violência continua. Sete pessoas morreram e três ficaram feridas entre a noite de ontem e a madrugada de hoje, em conflitos pela capital. Em Bonsucesso, zona norte, o sargento da Polícia Militar Edson Vieira Gonçalves, de 37 anos, e o advogado Bruno Faria Ourofino, de 24 anos, foram assassinados a tiros de fuzil num bar. O agente penitenciário João Carlos da Silva, 36, foi executado por ocupantes de uma moto em Piedade, zona norte. Em confrontos com a polícia, quatro criminosos, entre eles dois menores, também morreram. Em tiroteios entre traficantes e a Polícia Militar de madrugada, o menor E.S.S., de 17 anos, e um traficante morreram em Jacarepaguá, zona oeste. Em Vigário Geral, zona norte, um homem não identificado também morreu, depois de uma perseguição com a polícia. Ele e mais três criminosos estavam em um Vectra roubado. Uma tentativa de assalto na noite de ontem em um restaurante no Flamengo, zona sul, terminou com duas mulheres feridas sem gravidade. Hoje de manhã, oito ladrões armados assaltaram cinco apartamentos do prédio número 85 da rua Itacuruçá, na Tijuca, zona norte, e fugiram levando um carro, dinheiro, jóias e aparelhos eletrônicos. À tarde, detentos do presídio Bangu 5, na zona oeste, provocaram um tumulto, quando resistiram à revista feita pelos agentes penitenciários. Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar tiveram que usar balas de borracha para conter os presos. Cinco ficaram feridos sem gravidade. Depois de controlada a situação, foi encontrado um túnel no refeitório, 12 vergalhões utilizados para as escavações, cinco serras, três facas e cinco cordas. Veja o especial:

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.