27 de fevereiro de 2011 | 00h00
No caso do Irã, especificamente, o Brasil sistematicamente se abstém diante de resoluções da ONU sobre a questão dos direitos humanos. A única exceção foi um voto contrário ao governo iraniano em 2003 - o único nos últimos nove anos. Em outubro e dezembro do ano passado, por exemplo, o Brasil voltou a se abster.
Antes de assumir a Presidência da República, a petista Dilma Rousseff declarou que seu governo não ficaria calado diante de violações aos direitos humanos e criticou a posição do ex-chanceler Celso Amorim em uma votação sobre o Irã. Além disso, deu ordens para que fosse feita uma revisão da política externa.
Para os críticos, a decisão de não atacar foi uma postura deliberada do Itamaraty para ganhar o apoio para uma eventual votação para escolher novos membros do Conselho de Segurança da ONU. O problema é que, no caminho, deixou vários governos chocados com as decisões tomadas em Brasília.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.