
10 de janeiro de 2020 | 18h30
BRASÍLIA - A cervejaria Backer foi notificada, nesta sexta-feira, 10, pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a prestar esclarecimentos no prazo de dois dias úteis sobre a contaminação de dois lotes de cerveja Belorizontina, com a substância dietilenoglicol.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mandou recolher os produtos e determinou a suspensão da comercialização. A ordem foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 10.
No comunicado, a Senacon também solicita o recolhimento dos produtos para vistoria e compartilhamento de segredo industrial. A Backer deverá informar ao órgão quais são os estados em que os lotes foram distribuídos e programar uma campanha de recolhimento. Nesta quinta-feira, a Backer informou que havia recolhido lotes da bebida.
De acordo com assessoria de imprensa da cervejaria, foram produzidos ao todo 66 mil garrafas, 33 mil em cada um dos lotes: L1 1348 e L2 1348. O laudo é preliminar e, segundo a Polícia Civil mineira, ainda não é possível cravar que a responsabilidade seja da cervejaria. O laudo aponta que os lotes L1 1348 e L2 1348 estavam contaminados com dietilenoglicol, substância usado em serpentinas no processo de refrigeração de cervejas. A empresa produziu 33 mil garrafas em cada uma das remessas.
Em nota, a Backer informou que "a substância não faz parte do processo de produção da cerveja belorizontina". Mas que, "por precaução, os lotes em questão citados pela Polícia Civil, e recolhidos na residência dos consumidores citados, serão retirados imediatamente de circulação, caso ainda haja algum remanescente no mercado".
A Backer também afirma "estar à disposição das autoridades para contribuir com a investigação e tem total interesse que as causas sejam apuradas, até a conclusão dos laudos e investigação."
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