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Governo pode bancar parte da ampliação de Cumbica

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo de São Paulo pode bancar parte dos investimentos necessários para as obras de ampliação do aeroporto de Cumbica. A informação foi dada hoje pelo presidente da Infraero, Fernando Perrone, e pelo secretário estadual de Transportes, Michael Zeitlin, após reunião com o governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes. "Na reunião, ficou de ser decidida adiante uma eventual participação do Estado na desapropriação da área destinada à extensão do aeroporto", declarou Perrone. A desapropriação consumirá R$ 100 milhões da cifra de R$ 1 bilhão prevista para a reforma total. Em fevereiro, Perrone já havia se reunido com Alckmin e com o governador Mário Covas, na época licenciado do cargo, para tratar dos projetos de ampliação dos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, de Congonhas, na capital, e de Viracopos, em Campinas. Hoje, as discussões foram retomadas. O presidente da Infraero acredita que a construção do terceiro terminal e pista de Cumbica possibilitará ao aeroporto dobrar sua capacidade operacional. "A capacidade do terminal 1 e 2 está sendo ampliada de 15 milhões para 17 milhões de passageiros. Com o terceiro, vai agregar mais 12 milhões. Somando, vamos ficar com 29 milhões", calcula. Ele estima que a licitação da obra seja realizada até o final de 2001 e prevê que o terceiro terminal opere a todo vapor em três ou quatro anos. Ao contrário do que pode ocorrer com Cumbica, ficou decidido hoje que o governo paulista não terá de arcar com qualquer custo nas obras referentes a Viracopos. "A Infraero vai entrar com os recursos (R$ 53 milhões para a desapropriação e outros R$ 70 milhões para o restante da obra), enquanto o governo entra com o decreto para a desapropriação da área, que é um problema legal e jurídico", esclareceu. Perrone estima que o número de passageiros dobre para 1 milhão e meio com a conclusão da reforma no aeroporto de Campinas. De acordo com ele, as obras permitirão desafogar o tráfego aéreo e de passageiros. "Hoje o número de passageiros no Brasil cresce a 8% ao ano - o dobro da média mundial. Com esta ampliação de Viracopos, grande parte da população do interior deixará de ir a Guarulhos e Congonhas para pegar avião em Campinas", acredita.

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