Governo reúne prefeitos para discutir PAC

Encontro levou a Brasília 1,4 mil pessoas, que receberam informações de obras e investimentos

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Por Rafael Moraes Moura/ BRASÍLIA
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A menos de duas semanas do primeiro turno das eleições, o governo federal realizou nesta semana reuniões da 2.ª edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais vitrines de campanha da candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff. Participaram dos encontros prefeitos de municípios com menos de 50 mil habitantes - que receberam informações sobre projetos e obras de creches, quadras esportivas e unidades básicas de saúde (UBS). O convite foi feito por meio de mensagem com timbre da Presidência.As reuniões do PAC 2 ocorrem desde maio, seguindo um cronograma previamente definido, segundo informou a Secretaria de Relações Institucionais. Neste mês, cerca de 1,4 mil pessoas - entre prefeitos, secretários e assessores - participaram dos encontros, que ocorreram no Quartel-General do Exército em Brasília e no Palácio do Itamaraty.De acordo com o governo, o objetivo dos encontros é detalhar as diretrizes do programa. Foram distribuídos os slides da apresentação aos participantes com informações sobre cronograma de inscrição de propostas, recursos e orientações gerais. Uma tabela com números compara, por exemplo, os investimentos do PAC 1 e PAC 2: R$ 638 bilhões de investimento (nos "eixos" de logística, energia, social e urbano) do primeiro e R$ 955 bilhões do segundo. "Fizemos uma reunião suprapartidária para que os municípios possam fazer seus pedidos", disse a coordenadora-geral do programa, Miriam Belchior, cotada para assumir o lugar da ex-ministra Erenice Guerra. "O presidente Lula tem mandato até 31 de dezembro, (o PAC) é uma ação de governo. Mais técnica e objetiva do que essa reunião, acho difícil de fazer." Questionada se substituiria Erenice no comando da Casa Civil, ela respondeu: "Isso você pergunta para o presidente da República."Para o prefeito Dênis Oliveira (PR), de Quatipuru (PA), o encontro serviu também para atrair simpatia à campanha presidencial de Dilma. "Tudo é um jogo político, cada um usa as armas que tem", comentou.De Nova Santa Bárbara (PR), o prefeito Claudemir Valério (PSDB) não viu intenções eleitoreiras. Problema ele enfrenta ao fazer campanha no município. "Na minha cidade, as pessoas humildes acham que o PSDB vai privatizar tudo. O Serra foi um baita ministro, mas para ganhar o eleitor, eu falo que vou de Dilma."

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