Governo testa bloqueador de celular em cadeia

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governo de São Paulo está testando na Cadeia Pública de São Bernardo do Campo, região do ABC, um aparelho com tecnologia israelense para evitar que presos possam utilizar telefones celulares. A principal intenção do bloqueio de sinal é evitar que novas rebeliões sejam planejadas por meio do aparelho entre detentos de vários presídios. Um exemplo recente do poder do celular dentro de um presídio foi a rebelião organizada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), em 18 de fevereiro. Na ocasião, detentos de 29 unidades prisionais do Estado participaram do motim, considerado o maior na história do País. O levante ocorreu como represália pela transferência da Casa de Detenção, no Carandiru, dos principais chefes da facção criminosa. A intenção do PCC era pressionar o governo e exigir a volta dos líderes. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, o equipamento que bloqueia o sinal do celular deve ser testado nas próximas semanas no Complexo do Carandiru, na zona norte de São Paulo. Mas isso não significa que o Estado vai comprar os aparelhos fabricados pela empresa irsaelense, que custam em média R$ 30 mil. A secretaria deixou bem claro que é apenas um teste, pois o dispositivo pode funcionar em uma cadeia com capacidade para 200 presos, caso de São Bernardo, mas pode ser um fracasso em complexos maiores, que abrigam até 8.000 pessoas, como a Casa de Detenção. O aparelho foi instalado nesta quinta-feira, em caráter experimental, na Cadeia Pública de São Bernardo. Ele é composto por uma central. De lá saem cabos que vão até as celas. Na ponta dos cabos há uma antena, que inibe o sinal dos telefones celulares. Essa antena fica embutida na parede. Segundo a empresa que instalou o equipamento, o sinal somente é bloqueado dentro da prisão. Isso não causaria nenhum problema para os moradores do bairros que utilizam o telefone.

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