A Editora Gráfica Pana, que imprimiu 1 milhão de cópias do folheto contra o aborto, requereu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) extinção da ação aberta a pedido da coligação que apoia a candidata Dilma Rousseff (PT). Em petição subscrita pelo advogado José de Holanda Cavalcanti Neto, a gráfica informa ao ministro Henrique Neves, relator do caso no TSE, que o empresário Paulo Ogawa, dono da Pana, não interferiu e até possibilitou a ação da Polícia Federal que, há duas semanas, confiscou 12 toneladas do material estocado no galpão da empresa no Cambuci. O argumento central da defesa é que "os panfletos foram impressos por ordem do cliente Mitra Diocesana de Guarulhos". D. Luiz Bergonzini, da Diocese de Guarulhos, confirma a autoria do texto e a encomenda à gráfica. "A gráfica não está preocupada com o conteúdo do material que produziu porque não tem nenhuma responsabilidade sobre ele", assinalou o advogado. "A gráfica realizou um trabalho que lhe foi encomendado e faturado, com a devida comunicação à Justiça Eleitoral."