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Grampo no TSE é fato inédito em nove anos de varreduras

O diretor-geral do TSE informou que agora, às vésperas da eleição, a varredura, realizada de mês em mês, será feita semanalmente

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Athayde Fontoura Filho, confirmou na manhã desta segunda-feira, 18, em entrevista coletiva, que foram encontrados três grampos em telefones diretos usados por ministros do tribunal. Fontoura disse que a descoberta "é um fato inédito" em nove anos de varredura nos telefones do TSE. O diretor-geral informou que, diante da descoberta, a varredura será feita semanalmente até o final do segundo turno das eleições. Normalmente, a checagem é feita a cada mês. O presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, foi um dos ministros com o seu telefone direto grampeado. O mesmo ocorreu com o vice-presidente do tribunal, Cezar Peluso. O terceiro ministro que foi atingido pelo grampo foi Marcelo Ribeiro. O grampo foi encontrado em uma linha que Ribeiro usa no TSE com telefone e fax. Durante a coletiva, o diretor-geral destacou que os grampos configuram uma afronta às instituições democráticas e à República. Fontoura Filho disse que não há suspeitas e que, nesta segunda, o presidente do tribunal vai pedir ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, e à presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie, que tomem providências para investigar a origem do grampo. Fence Os grampos foram encontrados pela Fence Consultoria Empresarial Ltda., com sede no Rio de Janeiro. A empresa trabalha desde 2003 para o TSE fazendo varreduras mensais nos telefones usados pelos sete ministros do Tribunal. A comunicação da identificação das escutas telefônicas foi feita na última sexta-feira por meio do relatório mensal entregue pela empresa ao TSE. Constatou-se, segundo o relatório, que o grampo foi realizado por profissionais. De acordo com o contrato, cabe aos ministros integrantes da Corte indicar as linhas telefônicas que devem ser verificadas.

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