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Greve causa transtornos aos usuários do metrô no RS

Paralisação prejudica 180 mil usuários e deixa ônibus ficaram superlotados em Porto Alegre

Por Elder Ogliari
Atualização:

PORTO ALEGRE - Milhares de usuários do trem que faz o percurso de São Leopoldo a Porto Alegre tiveram de recorrer a outros meios de transporte para chegar ao trabalho e às universidades ao amanhecer desta segunda-feira porque encontraram o serviço paralisado por uma greve.

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Como os ônibus metropolitanos ficaram superlotados, muitos passageiros tiveram de esperar por tempo superior ao previsto nas paradas até conseguir embarcar em um dos coletivos.

Quem optou pelo carro também enfrentou transtornos e atrasos porque a BR-116, principal ligação rodoviária entre as cidades, também ficou congestionada. Ao longo da manhã, o fluxo se normalizou à medida em que a demanda decaia. É provável que os contratempos voltem no final da tarde, no horário do retorno para casa.

O sistema metroviário da região metropolitana de Porto Alegre atende cerca de 180 mil usuários por dia. São moradores da capital gaúcha e de Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul e São Leopoldo. A rede é operada pela estatal federal Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. (Trensurb). Uma cerimônia de inauguração de duas novas estações, de um trecho em ampliação, para Novo Hamburgo, estava prevista para esta segunda-feira, mas foi suspensa quando os trabalhadores anunciaram a greve, na quinta-feira. A presidente Dilma Rousseff participaria da solenidade.

A greve de 24 horas deve terminar à meia-noite. O Sindicato dos Metroviários (Sindimetrô/RS) reivindica reajuste salarial de 21,5% e reclama da falta de contrapropostas da empresa, que, por sua vez, alega que abriu negociações e tem prazo até 30 de maio para apresentar um índice. A Justiça estabeleceu multa de R$ 70 mil a cada período de pico - das 5h30min às 8h30min e das 17h30min às 20h30min - sem atendimento à população, mas o sindicato alega não ter sido notificado da decisão.

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