Greve da PF já provoca filas no Aeroporto de Cumbica

Vistoria de passaportes e identidades, que normalmente demora um minuto, deve demorar até 15 na operação-padrão; outros aeroportos têm situação tranqüila

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Por Agencia Estado
Atualização:

A greve da Polícia Federal nesta quarta-feira gerava filas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, onde cerca de 250 pessoas estavam, por volta das 10 horas, na fila de embarque da ala internacional, segundo informações da Rádio CBN. Os policiais federais montaram operação-padrão por conta da greve de 24 horas marcada para esta quarta-feira, 18. Além disso, Cumbica tinha oito vôos atrasados e seis cancelados. Os policiais reivindicam reajuste salarial de 30%, estipulado em acordo firmado em fevereiro de 2006 pelo então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o Grupo das Entidades Representativas de Classe da PF. Nesse documento, o governo se compromete a repor perdas salariais das carreiras por meio de reajuste de 60% dividido em duas parcelas de 30%. A primeira foi quitada em junho. A outra parcela deveria ter sido depositada em dezembro, mas não foi. Os agentes, que normalmente não demoram mais do que um minuto para verificar passaportes e carteira de identidade dos passageiros disseram que vão seguir à risca todos os procedimentos e normas da atividade. Por isso, a estimativa é de que o tempo gasto por passageiro seja de 10 a 15 minutos. Passageiros irritados começaram a bater palmas e a gritar "refém" por conta da longa espera. A operação-padrão deveria ter sido realizada antes da Semana Santa. No entanto, os policiais federais decidiram adiar o movimento para que não coincidisse com os protestos dos controladores de vôo. A Polícia Federal entrou em greve em todo o País nesta quarta; a categoria quer o cumprimento do acordo com o governo de recomposição salarial dos policiais federais. Outros aeroportos Apesar da greve, os principais aeroportos do País não registraram atrasos no começo da manhã, segundo informações da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Até às 9 horas, o Aeroporto Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, registrava o maior número de vôos fora de horário: 24 entre chegadas e partidas. No terminal do Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, a situação era mais tranqüila, até às 9 horas, apenas um vôo estava fora do horário. Em Brasília, o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, não registrava nenhum vôo fora de horário. A mesma situação foi verificada no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. (Colaborou Amanda Valeri)

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