Greve da polícia civil de Alagoas derruba secretário

Ex-secretário enfrentava uma crise na segurança pública do Estado, com a greve de mais de seis meses

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Por Solange Spigliatti
Atualização:

O general Edson Sá Rocha pediu demissão do cargo de secretário de Defesa Social de Alagoas, na noite de segunda-feira, 11. Ele entrou com um pedido demissão em caráter irrevogável, alegando motivos pessoais. O pedido de demissão foi entregue ao governador Teotônio Vilela Filho (PSDB), que reassumiu o comando do governo, nesta segunda-feira. Sá Rocha vinha sofrendo uma série de críticas da oposição e até de aliados do governo por causa da paralisação de mais de seis meses de agentes da polícia civil do Estado. Os índices de criminalidade em Alagoas não pararam de crescer desde que ele assumiu a pasta, no início do governo. A crise na segurança pública, durante sua gestão, levou o próprio governo a decretar, antes do Carnaval, 'situação de perigo iminente', devido à paralisação e da ameaça de paralisação dos delegados e peritos criminais, que estão sem recolher corpos à noite, porque não recebem adicional noturno. O secretário-adjunto de Defesa Social, coronel Ronaldo dos Santos, assume interinamente o comando da pasta. O governador ainda não revelou quem será o substituto de Sá Rocha, mas não descarta entregar o cargo a um delegado da Polícia Federal. O ex-superintendente da PF em Alagoas, Paulo Rubim, que é gaúcho, é o mais cotado para assumir o cargo. Sá Rocha é general da reserva do Exército e já comandou a PM de Alagoas, durante a intervenção federal na segurança pública do Estado, no governo de Geraldo Bulhões, no início dos anos 90.

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