Greve da Polícia Federal causa transtornos em Guarulhos

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Por Agencia Estado
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A dona de casa brasileira Angela Teixeira de 49 anos, esperou hoje mais de três horas em uma fila no Aeroporto Internacional de São Paulo - Guarulhos, para voltar a Portugal, onde vive há 13 anos, acompanhada pelo filho Luiz Felipe de 9. Cansado o menino chegou a dormir no carrinho de bagagem. ? Não dou muita sorte em viagem. Há dois anos peguei uma greve de controlador de vôo em Lisboa? disse ela, indignada. Angela foi uma das centenas de pessoas prejudicadas pela greve da Policia Federal em São Paulo. Apesar da demora das pessoas nas filas, de acordo com a Empresa Brasileira Infra-estrutura Aeroviária - Infraero- não foram registrados até às 18 horas, atrasos em vôos nacionais ou internacionais. Os policiais federais, que paralisaram suas atividades ontem e hoje, reivindicam melhores salários e condições de trabalho. Segundo o sindicato da categoria, 60% dos funcionários da Polícia Federal aderiram à greve na capital paulista. ? Estamos fazendo a operação padrão, ou seja, checando no computador os nomes de todos os passageiros brasileiros e estrangeiros para ver se não restrição judicial contra eles que os impeça de sair do País? afirmou o presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Federal Francisco Sabino. No aeroporto de Guarulhos a fila chegava a pelo menos 300 metros de comprimento no horário da tarde. A estudante Juliana Braga, de 19 anos, também já esperava há mais de duas horas na fila para pegar um avião da Air France para Paris onde passará parte das férias. ? Não sabia do movimento. Liguei para a companhia e eles informaram que a paralisação não mudaria nada no horário do vôo,?, comentou aparentemente conformada. A prima Daniele, também de 19 anos, veio de Santos para fazer companhia à Juliana. De acordo com o sindicato dos policiais, 30% da categoria estão atendendo serviços essenciais como emissão de passaportes para pessoas com viagem marcada na próximas 48 horas, idosos e deficientes físicos. Rio Em assembléia realizada hoje à tarde, os funcionários e agentes da Polícia Federal resolveram manter a greve, iniciada ontem. Segundo o Sindicato dos Servidores da PF no Rio, a adesão no Estado é de 70% e serviços essenciais como fiscalização em portos e aeroportos estão mantidos. Os agentes reivindicam o cumprimento da lei 9266, de 1996, que estabelece que todos os cargos na Polícia Federal são de nível superior e os servidores federais devem receber como tal.

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