Greve de ônibus no Rio chega à Baixada, mas perde adesão

Com o fim do prazo de 48 horas, a circulação de ônibus deve ser normalizada nesta quinta-feira

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Por Thaise Constâncio
Atualização:

RIO - A greve de motoristas e cobradores de ônibus do Rio estendeu-se nesta quarta-feira para municípios da Baixada Fluminense, mas perdeu adesão ao longo do dia. No início da noite, oficialmente, 44% da frota de 8,7 mil ônibus da capital estava circulando. Na Baixada, o transporte coletivo foi praticamente normalizado à tarde: 90% dos 3,4 mil veículos voltaram às ruas, após uma manhã de terminais vazios, de acordo com o sindicato que representa as empresas de ônibus. A circulação de ônibus deve ser normalizada nesta quinta-feira. Nesta quarta-feira, 45 ônibus foram depredados - 19 na capital e 26 nos seis municípios da Baixada, segundo informações fornecidas pelos sindicatos das concessionárias do transporte. Foi o primeiro dia de paralisação dos motoristas e cobradores na Baixada e o terceiro no Rio.Na terça, a Justiça do Trabalho decretou que 70% da frota da capital voltasse às ruas, sob pena de multa diária de R$ 50 mil para o sindicato da categoria. A paralisação, porém, foi realizada por dissidentes, insatisfeitos com a negociação feita pelo sindicato, que resultou em reajuste salarial de 10%. No Rio e nos municípios da Baixada a reivindicação dos grevistas é de aumento de 40%. Em nota, a Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas, que representa os dissidentes grevistas, afirma que o acordo fechado entre o sindicato e as empresas "ainda acaba com postos de trabalho de 28 mil cobradores".

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