Greve de ônibus prejudica 2,5 milhões em BH

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Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 2,5 milhões de pessoas ficaram sem ônibus hoje na região metropolitana de Belo Horizonte, em razão da greve por tempo indeterminado de motoristas e cobradores, iniciada durante a madrugada. Centenas de estabelecimentos comerciais não abriram as portas por falta de funcionários, e escolas de primeiro e segundo graus suspenderam as aulas. Com o aumento no número de carros de passeio, as principais vias de acesso ao centro da capital ficaram congestionadas nos horários de pico. Segundo a Polícia Militar, a paralisação atingiu 100% dos 35 mil trabalhadores rodoviários, que deixaram de circular com 5.200 ônibus. Até o final da tarde, 15 grevistas haviam sido presos em piquetes e seis coletivos foram depredados. Também houve ações dos rodoviários contra os perueiros e pelo menos três vans foram apedrejadas na periferia. Um motorista de perua também foi detido por fazer ameaças aos rodoviários com uma arma. A greve foi definida pelos trabalhadores depois de oito reuniões sem sucesso com o sindicatos das empresas de ônibus de Belo Horizonte (Setransp), a partir de janeiro. A categoria reivindica aumento salarial de 108%. Hoje o motorista recebe R$ 630,00 mensais e o cobrador R$ 315,00. Eles também reivindicam a manutenção da carga horária e de benefícios que os patrões ameaçam retirar, como plano e saúde e tíquetes alimentação. Os empresários, por sua vez, alegam ter registrado prejuízo de 25% no faturamento, nos últimos meses, em razão do crescimento do sistema de transporte alternativo. Em razão disso, oferecem reajuste zero, propõem o aumento da carga de trabalho e o corte das vantagens conquistadas pelos empregados.

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