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Greve do Judiciário de SP começa a perder força

Por Agencia Estado
Atualização:

As assembléias regionais dos funcionários do Judiciário de São Paulo - em greve há mais de dois meses - realizadas nesta segunda-feira, dividiram a categoria sobre a continuidade ou não da paralisação. Servidores de comarcas importantes, como as de São Paulo e de Sorocaba, por exemplo, decidiram pelo prosseguimento da greve. Uma assembléia-geral marcada para esta terça-feira, na Praça João Mendes, no centro da cidade de São Paulo, vai decidir se a categoria aceita proposta do presidente do Tribunal de Justiça (TJ), Márcio Bonilha. Em troca da volta ao trabalho, o TJ ofereceu gratificação de R$ 210,00 a ser paga a partir de 2002 - retroativa a novembro -, 500 vagas do Programa Creche-Escola no interior, entre outras promessas. Todas as assembléias regionais decidiram que as negociações devem prosseguir para que a proposta do TJ seja melhorada. Aceitaram suspender a paralisação as comarcas de Marília, Lins e região do Vale do Paraíba e litoral norte - exceto a comarca de Guaratinguetá. São Paulo, Sorocaba, Ourinhos, Bauru e Assis decidiram que a greve continua. Na última assembléia-geral, realizada no dia 31, a opinião da maioria dos líderes do movimento e dos próprios funcionários era de que a greve acabaria na quarta-feira. O mesmo sentimento não se repetiu nesta segunda-feira. O maior problema é o corte dos salários, efetivado pelo TJ. Nesta segunda, os servidores já haviam recebido previsão do banco de que nada seria creditado em suas contas na quarta-feira, data do pagamento. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nota pedindo aos servidores que retornem ao trabalho, numa atitude de "altivez." "Durante a paralisação do Judiciário Paulista, iniciada no dia 27 de agosto, os servidores já demonstraram sua força e poder de mobilização. Deveriam, agora, numa atitude de altivez, retomar espontaneamente ao trabalho", diz a nota.

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