Greve reduz serviços de segurança no Rio Grande do Sul

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Por Agencia Estado
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Os policiais civis, peritos e agentes penitenciários do Rio Grande do Sul entraram em greve nesta segunda-feira, mantendo apenas o atendimento a ocorrências mais graves. A adesão, segundo o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia, chegou a 90% do limite de 70% de servidores parados permitido pela legislação. Na maioria das delegacias, faixas e cartazes explicavam que os funcionários estão sem reposição da inflação desde 1995 e reivindicam aumento de 28%. O governo do Estado informou que enquanto estiver em dificuldades financeiras não poderá discutir reajustes salariais, lembrou que foi obrigado a atrasar parte dos salários de fevereiro e que está antecipando a arrecadação de ICMS para tentar quitar a folha de pagamento de março. A Polícia Militar tem reivindicações semelhantes às da Polícia Civil e optou por pressionar o governo com uma operação-padrão. A Associação de Cabos e Soldados calcula que 300 viaturas que vinham sendo usadas apesar de estarem em más condições foram deixadas nos quartéis. O Rio Grande do Sul tem 5,2 mil policiais civis com salário básico de R$ 365 e 21 mil policiais militares com vencimento inicial de R$ 192. As duas corporações recebem 222% de adicional de risco de vida.

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