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Guarda compartilhada avança e divórcios têm queda de 4,9%

Os casamentos mais longevos estão no Piauí, com média de 18 anos de união, e os mais curtos, no Amaz

Por Roberta Pennafort , LOIDE GOMES , GABRIELA AZEVEDO e ESPECIAIS PARA O ESTADO
Atualização:

O brasileiro se divorciou um pouco menos em 2013. Foram 324.921 divórcios, uma queda de 4,9% em relação a 2012. Mas eles continuam se concentrando nas famílias com filhos menores de idade. O porcentual vem se mantendo estável desde a promulgação da nova lei, em 2010, que acelerou os trâmites.

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Os casamentos mais longevos estão no Piauí (média de 18 anos de união) e os mais curtos, no Amazonas (12 anos). A maior alteração entre 2003 e 2013 foi verificada no Acre: em uma década, a duração passou de 18 para 12 anos.

Roraima é o Estado que tem a maior taxa de divórcio no País - 4,01 por mil habitantes. A professora roraimense Gracinara da Silva Teixeira, de 41 anos, faz parte dessa estatística. Após se divorciar, ela não pensa em se casar novamente. “Com a separação, eu me senti mais livre, aprendi a me virar sozinha e a tomar decisões. Perdi o medo de dirigir e comecei a viajar com os amigos e minha filha para conhecer o Brasil e outros países.”

A guarda compartilhada dos filhos em caso de divórcio é crescente no País, embora em 86,3% dos casos eles fiquem apenas com a mãe. Ela é determinada em 6,8% dos casos - em 2012, eram 6% - e as maiores taxas estão no Norte: 11,4% no Pará e 10,8% no Amazonas. Projeto de Lei da Câmara 117/2013, aprovado há duas semanas, torna a divisão da guarda a primeira opção da Justiça. A proposta aguarda sanção da presidente Dilma Rousseff.

O fotógrafo paraense Oswaldo Forte e a ex-mulher, Lene Freitas, dividem a guarda do filho Arthur desde 2002. “Foi uma sugestão do promotor e nós entendemos que seria a melhor opção. Mas lembro que na época não se fazia isso, acho que fomos uns dos primeiros”, disse. Ele garante que o consenso da separação foi o que ajudou na decisão. “Ele era pequeno, mas agimos sempre de forma que os dois estivessem muito presentes.”

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