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Guardas das muralhas de presídios serão substituídos

Por Agencia Estado
Atualização:

Dentro de um mês, os 4 mil policiais militares que atualmente cuidam das muralhas dos presídios no Estado de São Paulo estarão liberados para voltar às ruas e reforçar o combate ao crime. Os PMs serão substituídos por novos agentes penitenciários que estão formados e esperam somente a entrega das armas para assumir a segurança externa das cadeias. Nesta segunda-feira, o Departamento de Administração e Planejamento, da Delegacia-Geral da Polícia Civil, comprou por R$ 3 milhões, da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), mil espingardas calibre 12 e 3,2 milhões de projéteis calibres 12, 38, 40, 45 e 9 milímetros. As armas e a munição serão repassadas para a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Uma parte do material será destinada ao treinamento e ao reconhecimento das armas pelos agentes. O curso ocorrerá na Academia da Polícia Civil e vai durar três semanas. Os militares já deveriam estar nas ruas se não fosse a burocracia. O Exército não autorizou a Secretaria da Administração Penitenciária a comprar as armas, pois somente policiais civis, militares e federais estão autorizados a portar revólveres, fuzis e pistolas. O titular da secretaria, Nagashi Furukawa, conseguiu, então, autorização do governador Geraldo Alckmin para que as armas fossem compradas pela Polícia Civil, por meio da Delegacia-Geral. O uso das armas pelos agentes penitenciários foi regulamentado por lei estadual, e a autorização para o porte será expedida pela Divisão de Explosivos. O uso será restrito às muralhas e aos serviços de escolta dos presos. Os novos agentes terão condições de substituir os militares em 88 dos 93 presídios existentes no Estado. As cinco penitenciárias de segurança máxima, onde estão os criminosos mais perigosos do sistema carcerário e os integrantes das organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), vão continuar a ser vigiadas pela Polícia Militar. São as Penitenciárias de Presidente Bernardes, Avaré, Venceslau, Iaras e o anexo da Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté.

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