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Guardas municipais substituírão PMs no trânsito no Rio

Policiais serão incorporados ao policiamento regular nos próximos meses

Por Agencia Estado
Atualização:

Os policiais militares que cuidam do trânsito na capital fluminense serão gradualmente substituídos por guardas municipais e serão incorporados ao policiamento regular nos próximos meses - a começar pelos bairros centrais da cidade. A parceria foi acertada nesta segunda-feira, 8, pelo governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), e pelo prefeito da capital, Cesar Maia (PFL), no Palácio Guanabara, sede do governo estadual, onde assinaram vários convênios que permitirão que a prefeitura assuma serviços que até então eram responsabilidade do Estado. Entre eles, estão a gestão de parques florestais e o saneamento básico em favelas e na zona oeste. "Acho que em breve,este ano, teremos já essa troca de gestão no trânsito", disse o governador. "O prefeito Cesar Maia sugere que comecemos pelo Centro, e faz todo sentido, Centro da cidade, mais Gamboa, Saúde, Santo Cristo. Porque o número de roubos e furtos ali é muito grande, é uma área importante do ponto de vista estratégico do trânsito. Como fizemos um convênio, gradativamente vai sendo repassada a responsabilidade para o município. Seja pelos operadores de trânsito da CET-Rio, ou pela Guarda Municipal, é uma questão do município. Não tenho a menor dúvida de que com isso vamos ter um ganho de qualidade para a população. Trânsito é responsabilidade do município." Segundo informações divulgadas pelo governo estadual, no município do Rio há, atualmente, 2 mil PMs que trabalham no trânsito. Desses, cerca de 200 estão concentrados no centro. Uma fonte da PM consultada pelo Estado, porém, estranhou os números -achou-os exagerados. A passagem de responsabilidade, segundo Cabral Filho e Maia, levará tempo. O governador contou que o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, tenta encontrar a melhor solução para mudar a escala de serviço dos policiais, que hoje prevê uma carga horária de 24 h ininterruptas por 72 h de descanso. A mudança permitirá que, com o pagamento de horas-extras -também com a ajuda da prefeitura da capital - aumente a presença policial nas ruas. "Não é uma solução simples", disse. "Há toda uma logística própria de funcionamento da atuação desses policiais. Não basta, por exemplo, converter a atual escala em oito horas de serviço por dia. Por isso, os comandantes estão reunidos com a área de pessoal de suas instituições na busca de uma forma de resolver a questão", declarou. Cabral Filho disse que, depois de fechada, a proposta será levada ao prefeito para a formalização do convênio que permitirá que os policiais que aderirem à nova escala tenham uma gratificação extra em torno de R$ 700.

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