Gustavo cresceu ouvindo falar dos males das drogas

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Por Agencia Estado
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A tragédia que atingiu a família Macedo Pereira no domingo foi discutida ontem nos gabinetes da Polícia Civil e no meio universitário de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Delegados de polícia e professores perguntavam o que teria levado um jovem, neto de uma das principais autoridades no estudo das drogas no Brasil, com trabalhos reconhecidos em 35 países, a se envolver com cocaína e, drogado, matar a avó e a empregada. Gustavo de Macedo Pereira Napolitano, de 22 anos, neto do delegado e professor universitário Murillo de Macedo Pereira, que morreu em janeiro de 2000, aos 72 anos, cresceu em meio a centenas de livros e publicações, ouvindo o avô, a avó Vera Kuhn e a mãe, Vera de Macedo Pereira, falarem dos males provocados pelas drogas. Ele ajudou nas pesquisas sobre cocaína e maconha, navegou pela internet em busca de informações para os trabalhos de Murillo e foi elogiado pelo avô pela montagem do site e pela digitação do material sobre as drogas. No texto de agradecimento no lançamento dos trabalho de 45 anos de pesquisa sobre as drogas, pela internet, Murillo citou a mulher, Vera Kuhn, os filhos Renato, Vera, mãe de Gustavo, e o outro filho, Murilo, assassinado por um estudante de medicina quando tinha 15 anos, em 6 de junho de 1970, num apartamento do Copacabana Palace. Deixou Gustavo por último. "Um agradecimento especial ao nosso neto Gustavo de Macedo Pereira pela digitação em três computadores eletrônicos e pelo trabalho junto à internet, incansável, contatando instituições, pessoas, pesquisadores a nível nacional e internacional, sob a orientação de sua mãe, nossa filha Vera de Macedo Pereira. A gratidão profunda."

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