PUBLICIDADE

Há dez anos, execução de pataxó no DF chocou País

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Em 20 de abril de 1997, o índio pataxó Galdino Jesus dos Santos, de 44 anos, foi queimado vivo por um menor de idade e quatro jovens de classe média em Brasília, enquanto dormia em um ponto de ônibus. Ele teve mais de 85% do corpo coberto por queimaduras de terceiro grau e morreu no dia seguinte. Na época, os jovens declararam à polícia que achavam que a vítima ''''era um mendigo'''' e não tinham noção das conseqüências. Em 2001, após cinco dias de julgamento, os quatro maiores foram condenados a 14 anos de prisão em regime fechado. Menos de um ano depois, conseguiram uma autorização judicial que permitia que saíssem da penitenciária para estudar e trabalhar. Em 2003, o benefício foi cancelado, após três dos envolvidos terem sido flagrados passeando, namorando e bebendo cerveja, sem passar por qualquer tipo de revista na volta ao presídio. Eles perderam temporariamente o direito ao regime semi-aberto. Mas, em agosto de 2004, conseguiram liberdade condicional. Hoje estão livres, mas não podem sair do Distrito Federal e devem manter a Justiça informada de suas atividades. DOMÉSTICA O caso mais recente de crime de intolerância, por motivo fútil envolveu a doméstica Sirlei Dias de Carvalho Pinto, de 32 anos. Na madrugada de 23 de junho deste ano, ela foi espancada e roubada por cinco rapazes num ponto de ônibus na Barra da Tijuca, zona sul do Rio. Na ocasião, os garotos alegaram que confundiram Sirlei com uma prostituta. Ao serem interrogados, disseram que saíram à noite com a intenção de ''''zoar umas putas''''. Rubens Arruda Breno, de 19 anos; Felippe Macedo Nery Neto, de 20; Leonardo Pereira de Andrade, de 20; Júlio Junqueira, de 21; e Rodrigo Bassalo, de 21 anos, foram indiciados pelo Ministério Público do Estado do Rio por roubo qualificado e lesão corporal - crimes cujas penas podem chegar a 15 anos. No dia 28 de agosto, o STJ concedeu liminar autorizando Felippe a responder o processo em liberdade. Os outros envolvidos permanecem detidos na Polinter, na zona norte do Rio.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.