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Há problemas em 8 dos 10 maiores aeroportos

Só Brasília e Confins escapam de falhas na pista

Por Tania Monteiro e MANAUS
Atualização:

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, vai pedir um levantamento completo à Aeronáutica e à Infraero do estado das principais pistas dos aeroportos do País. Além de mapeamento completo das áreas do entorno. O objetivo é evitar evitar que se repita em outros locais do País problemas que existem hoje em Guarulhos e Congonhas, onde as cidades avançaram sobre os aeroportos, prejudicando sua expansão e trazendo polêmicas sobre prejuízos que prédios trazem aos pousos e decolagens neles. Segundo levantamentos do governo, oito dos dez principais aeroportos do País apresentam defeitos maiores ou menores em suas pistas, que vão de atrito insuficiente e fissuras até buracos. Dos maiores, apenas as pistas de Brasília e Confins, em Belo Horizonte, estariam em boas condições. "Precisamos disciplinar antes de os fatos acontecerem", declarou em Manaus, após anunciar que o estudo será encomendado ao novo presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi. O ministro quer conversar também sobre o assunto com prefeitos, para que seja feito trabalho conjunto de proteção dos aeroportos. "Pedi um levantamento completo à Aeronáutica e à Infraero, não só exclusivamente do estado de todas as pistas, mas também do problema do zoneamento urbano em torno dos aeroportos", afirmou, assegurando que já existem recursos para a recuperação da pista de Cumbica. A previsão é que sejam gastos R$ 11 milhões nas obras. Na sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou um aumento do capital social da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) em R$ 350 milhões. O decreto será publicado hoje do Diário Oficial da União. O dinheiro extra, que vai capitalizar a estatal, será investido na ampliação da capacidade e modernização e recuperação de pistas e instalações de oito aeroportos, entre eles Congonhas e Cumbica, os mais movimentados do País. INVESTIMENTOS Os recursos para o aumento de capital da Infraero sairão do orçamento do Ministério da Defesa. Além dos dois aeroportos paulistas, também receberão investimentos os aeroportos de Santos Dumont (RJ), Vitória (ES), Goiânia (GO), Brasília (DF), Macapá (AP) e Salvador (BA). A secretaria acrescentou que o aumento de capital será ainda homologado pela assembléia-geral de acionistas, o que é uma formalidade, pois a União detém 88,8% do capital da Infraero. As ações restantes pertencem ao Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND), administrado pelo BNDES.

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