Heloisa Helena promete auditoria em governos Lula e FHC

Declarações foram deitas durante passagem por Curitiba, onde a candidata assinou um termo de compromisso com a honestidade na política

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Por Agencia Estado
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A candidata do Psol à Presidência da República, Heloísa Helena, garantiu neste sábado, em Curitiba, que, caso seja eleita, irá promover uma auditoria no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e no do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Os dois viabilizaram crimes contra a administração pública, um no processo de privatização e o outro no processo desvairado de banditismo na máquina pública", afirmou. "Só existe Congresso Nacional bandido quando o chefe do Executivo bandido é, porque quem tem a chave do cofre para liberar os recursos é o presidente da República ou um governador ou o prefeito." Para ela, no caso das acusações de fraudes para compra de ambulâncias, "infelizmente não houve a apuração devida ainda". "Eu não tenho dúvida que o governo Lula estabeleceu um esquema tão maldito que vai ser descoberto. É só uma questão de dias, porque não descobriu quem não quis, a imprensa não divulgou se não quis, o Congresso não abriu procedimento investigativo porque não quis também", disse. Segundo ela, durante o governo Lula recursos extra-orçamentários foram distribuídos para beneficiar governadores do PT, "num ´propinódromo´ instalado dentro do Ministério da Saúde, da Educação e da Ciência e Tecnologia". A candidata esteve em Curitiba para assinar o termo de compromisso com a honestidade na política, melhor distribuição de renda e redução das desigualdades, preparado pela Pastoral da Criança. De acordo com ela, a elaboração do orçamento com a participação de toda a sociedade é uma das formas de acabar com a corrupção. Ao lado da coordenadora da pastoral, Zilda Arns, Heloísa Helena relutou em responder perguntas sobre denúncias de corrupção. "Não quero constranger a doutora Zilda se for falar mal do governo", ponderou. "A pastoral é suprapartidária", respondeu Zilda, antes de se afastar. Perguntada se o presidente Lula poderia assinar o termo, a candidata atacou novamente: "O governo não tem autoridade moral para dizer que combate a corrupção ou que assume compromisso com as crianças e jovens brasileiros." Esperança Ela ainda manifestou esperanças de que pode ser eleita. "Estou entre as mães de família que ensinam a seus filhos que é proibido roubar. Portanto, espero que o banditismo político não seja vitorioso", acentuou. E confessou dificuldades financeiras na campanha, o que a levou a reprisar programas de televisão. "Porque não temos dinheiro público roubado e nem vamos fazer acordos sujos para viabilizar dinheiro para a campanha", afirmou. A candidata entrou na sala da Pastoral da Criança carregada pelo ambientalista José Pedro Naisser. "Ela é a Ghandi do novo milênio porque luta contra os poderosos", afirmou. Depois da assinatura do termo, a candidata foi ao centro de Curitiba para uma caminhada pelo Calçadão da Rua 15 de Novembro.

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