PUBLICIDADE

História do cabelo vira samba na Camisa Verde e Branco

Escola conquistou o vice-campeonato do Grupo de Acesso no ano passado, em São Paulo

Por Aline Scátola
Atualização:

SÃO PAULO - Depois de conquistar o vice-campeonato do Grupo de Acesso no ano passado, a Camisa Verde e Branco volta a desfilar neste sábado, 2, pelo Grupo Especial em São Paulo com um samba-enredo sobre um assunto no mínimo inusitado: o cabelo. "Da Pré-história ao DNA: A História do Cabelo eu Vou Contar" é o que o diretor de comunicação, Antonio Cirillo, o Toninho, considera "um tema rico e nunca antes explorado". <b>Veja também:</b> <a href=http://www.estadao.com.br/interatividade/Multimidia/ShowGaleria.action?idGaleria=463>Veja as fotos do 1º desfile</a> <a href=http://www.estadao.com.br/geral/not_ext161,0.htm>Vila Maria e Rosas de Ouro são os destaques da 1ª noite</a> Qual escola será campeã em SP? A escola conta com quem sabe do assunto. Os cabeleireiros Jassa e Jacques Janine e o "cabeleireiro e maquiador das estrelas" Celso Kamura estão confirmados no Sambódromo, e o enredo anuncia "Crespo, grisalho, bem liso, loiro ou colorido, neste carnaval Camisa Verde dá o tom do visual!". <center><b>Trauma</b></center> Fundada em 1953 na Barra Funda, a Camisa Verde e Branco foi uma das comunidades que ajudou na criação da Liga das Escolas de São Paulo. Já conquistou 15 títulos e entra este ano na avenida para "superar todos os traumas vividos em anos anteriores e mostrar que de fato é uma das grandes escolas do carnaval paulistano", afirma Toninho. O trauma foi a má colocação em 2006, que a tirou da elite do samba paulistano por um ano. Não era a primeira vez que a agremiação passava por um momento difícil. Em 1996, um rebaixamento deu à Camisa Verde e Branco experiência para superar crises, e logo no ano seguinte a escola conquistava novamente uma vaga no Grupo Especial. O desfile "tecnicamente perfeito", que tem início previsto para as 22 horas deste sábado, é o objetivo principal da agremiação este ano. A escola também aposta em uma atração à parte com o carro abre-alas. Mas o diretor não adianta detalhes. "Será uma surpresa mesmo". Entre os 3.200 integrantes, saem este ano a cantora e dançarina Gretchen, a atriz Elke Maravilha e o jornalista Luciano Faccioli. Celson Mody puxa a letra do samba, que, na bateria, conta com a rainha Renata Souza. As fantasias do mestre-sala, Claudio Adão, e da porta-bandeira, Claudia Adão, fazem parte do mistério que o carnavalesco Rodrigo Siqueira quer manter até a hora do desfile. Até duas semanas antes de entrar no Sambódromo, a escola do presidente Delson Ribeiro já tinha investido R$ 1 milhão, entre verba da prefeitura, direitos de transmissão do desfile pela televisão e colaboração da iniciativa privada. O desfile da Camisa Verde e Branco está . Para Toninho, a escola entra com uma idéia fixa: "com certeza vamos brigar pelo título". Confira o samba-enredo da Camisa Verde e Branco, composto por Leonardo Trindade, Rodney Cheto e Marcinho Keleque: <b>Da Pré-história ao DNA: A História do Cabelo Eu Vou Contar </b> <i>O meu canto no ar... Se espalha Pioneiro é raiz... Da alma A família Verde e Branco é emoção Delírio dessa multidão Viajei na memória pra contar (lalaia) Do presente a pré-história Fio a fio desvendar Quem guarda o corpo, faz a cabeça Foi primitivo numa louca sedução Tornou, mais belos os reis e rainhas Temido na mitologia Na Grécia e Roma definia classes sociais Se fez tão nobre, ganhando força e paixão Quem não se lembra dos cabelos de Sansão É crença, é religião... É fé Salve a rainha do mar... Axé E no meu ritual a Barra Funda é Raiz profunda de quem tem samba no pé Jogue suas tranças, vem ser criança Num Mundo de fantasias Reviver um tempo de um movimento Tropicalizado em melodias "O teu cabelo não nega" De onde veio você Crespo, grisalho, bem liso, loiro ou colorido Neste carnaval Camisa Verde dá o tom do visual! </i>

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.