Homem preso conta como foi a guerra dos traficantes no Rio

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Por Agencia Estado
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Após mais uma noite de tiroteios nas favelas da Rocinha e do Vidigal, a polícia prendeu neste domingo o traficante Pedro Arthur de Faria, de 44 anos, o Cuca ou Dioscar, apontado como um dos principais chefes do tráfico no Vidigal, em São Conrado, na zona sul do Rio. Com liberdade condicional revogada, Faria é condenado por tráfico de drogas, associação para o tráfico, homicídio e estava foragido. Ele, que ficará preso na carceragem da Polinter, contou como foi a guerra pelo controle de pontos de venda de drogas que já matou sete pessoas desde a última sexta-feira. Nesta segunda-feira, 900 policiais, em três turnos, farão a segurança na região por tempo indeterminado. Na 15ª Delegacia Policial, o criminoso disse os nomes de outras pessoas que participaram da invasão à Rocinha e revelou que as armas vieram das favelas do Andaraí e da Grota e pessoal, das favelas do Pavão-Pavãozinho e do complexo do Alemão. Faria confirmou que 60 homens participaram da ação contra a quadrilha do traficante Luciano Barbosa da Silva, o Lulu, que atualmente domina a Rocinha. A invasão, segundo a polícia, foi liderada pelo traficante Eduíno Eustáquio de Araújo, o Dudu, com o apoio do traficante Patrick, que, mesmo preso em Bangu 1, comanda o Vidigal e permitiu o uso da favela como ponto de apoio para o ataque. Faria foi encontrado pelos policiais dormindo na casa da mãe, no Vidigal. Ele estava desarmado e não resistiu à prisão. O criminoso contou aos policiais que sua quadrilha se retirou da Rocinha porque estaria com pouca munição. Na Rocinha, foram presos dois homens acusados de pertencerem à quadrilha de Lulu: Antônio Carlos Moreira da Silva, de 41 anos, e Antônio Francisco Bonfim Lopes, de 27. Eles não reagiram. No local da prisão, foram apreendidos uma pistola 9 mm, e dois revólveres, calibres 38 e 22. Havia também cinco carregadores para a pistola municiados, quatro celulares, um colete à prova de balas e uma camiseta do Batalhão de Operações Especiais da PM.

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