RIO - Com um minuto de silêncio e de mãos dadas, cerca de 100 pessoas fizeram nesta quinta-feira, 18, uma homenagem ao soldado Bruno de Castro Ferreira, de 29 anos, morto por um criminoso que tentava prender na tarde de ontem, na Avenida Rio Branco, a poucos metros do local onde o policial foi baleado. No início da tarde, o grupo interrompeu por alguns instantes o trânsito da via, convidando os motoristas a deixar seus carros e se juntarem à homenagem. Houve aplausos e chuva de papel picado lançada de prédios próximos. Lojas cerraram as portas.
"Nossa intenção é chamar a atenção para a necessidade de valorizar o profissional que no exercício da sua profissão tem um fim como esse e recebe um salário que não é compatível com o risco que corre. Queremos criar uma cultura de defesa dos direitos humanos que inclua o policial, que é um cidadão", afirmou Antonio Carlos Costa, presidente da organização não-governamental (ONG) Rio de Paz.
Costa ressaltou que a organização defende a apuração da morte do suspeito Douglas da Silva Pereira, de 25 anos, que estava vivo e sem ferimentos aparentes quando foi preso, mas chegou morto ao Hospital Souza Aguiar. "Se houve execução, não há o que a justifique", afirmou.
Uma cruz e um boné da Polícia Militar (PM) foram colocados na esquina da Rio Branco com Rua Sete de Setembro. A PM autorizou que um carro da corporação ficasse estacionado no local e cartazes de protesto foram colados nos vidros. Pessoas que trabalham nas redondezas deixaram vasos de plantas e buquês de flores.