
19 de outubro de 2013 | 09h05
SÃO PAULO - A previsão de economia gerada pelo horário de verão neste ano é de R$400 milhões, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Serão 119 dias (de 20 de outubro a 16 de fevereiro de 2014) com uma hora adiantada nos relógios. A medida alcança as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O Estado do Tocantins entrou em 2012, mas ficou de fora neste ano.
À meia-noite, adiante os relógios em 1 hora
Em termos absolutos, São Paulo é o Estado que tem a maior expectativa de redução de demanda de consumo de energia. Proporcionalmente, fica em quinto lugar, ao lado do Rio de janeiro (4,7%).
De acordo com os dados da ONS, é esperada uma redução geral de 4,6% da demanda de energia entre os Estados participantes. Para o professor de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Samy Dana, a redução esperada leva em conta grandes indústrias e a economia chega a dobrar na conta de luz das famílias. "O valor do consumo nas casas brasileiras chega a diminuir 10% apenas com o horário de verão, pois o uso da energia é bem menor", diz.
O ex-presidente da Eletropaulo Paulo Feldmann, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), afirma que o horário de verão tem maior relevância do que se pensa. "Parece uma pequena economia, mas é muito importante, pois a energia é bem escasso e estratégico". Ele também lembra que o horário de verão gera outras economias, como a de lâmpadas, além de defender que a medida tenha uma duração maior. "Na minha opinião, deveria ter no mínimo cinco meses, pelos benefícios que traz", assinalou.
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