Horário eleitoral petista mostra mensagem de Lula em NY

Texto escrito por Lula pergunta "a quem interessa perturbar as eleições"

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Por Agencia Estado
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O tempero da propaganda eleitoral desta terça-feira, 19, à noite, foi o escândalo do dossiê elaborado pelos Vedoin, que acabou por envolver um assessor pessoal do presidente da República. Os candidatos à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) e Cristovam Buarque (PDT) exibiram vários jornais trazendo a cobertura do caso; e o candidato a reeleição Luiz Inácio Lula da Silva mandou uma mensagem de Nova York (EUA), para onde viajou para receber na ONU o prêmio Estadista do Ano. Na mensagem Lula diz que nunca concordou com o jogo sujo das campanhas e propôs uma reflexão a seus eleitores: "A quem interessa perturbar as eleições?" Alckmin começou a propaganda com suas propostas para a área da segurança pública e defesa, mostrou o que fez como governador e o que pretende fazer, se eleito. Exibiram imagens da fronteira entre o Acre e a Bolívia, onde não havia nenhum policiamento. Foram mostradas também imagens de uma parte da fronteira com Paraguai, onde o candidato encontrou um posto de fiscalização abandonado, com a parede crivada de balas. Alckmin argumentou que são pelas fronteiras que entram as drogas e o armamento usado pelo narcotráfico. "O governo federal tem de policiar as fronteiras, o presidente é o comandante e chefe das forças armadas, mas o atual não assumiu esta tarefa", atacou. Mais uma vez citou o caso do Fernandinho Beira Mar que, a pedido do governo federal, veio para o presídio em São Paulo. Segundo o candidato, enquanto o governo federal fez um presídio, ele fez 75. O escândalo do dossiê, com denúncias contra José Serra, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, ficou para o final do programa tucano. "Está na hora do Brasil dar um basta aos escândalos!", disparou enquanto imagens mostravam as manchetes de vários jornais de grande circulação no Brasil. E concluiu: "A polícia sabe que o dinheiro era para comprar o material, a quem interessa tudo isso? Está na hora de dizer não a isso tudo." A mensagem escrita por Lula preencheu o início de seu programa. Em seguida, a propaganda eleitoral trouxe os número da PNAD, pesquisa realizada pelo IBGE divulgada na última sexta-feira, que trouxe alguns resultados positivos do governo, como por exemplo, a criação de 7,5 milhões de novos empregos. Lula reafirmou que, se leito, pretende dar continuidade a vários projetos e começar outros. Reafirmou também que o Brasil precisa crescer e distribuir renda e afirmou que a educação será a prioridade máxima. "Vou aumentar em dez vezes os recursos para a educação", prometeu. "O Brasil melhorou muito mas não vive em um mar de rosas, a saúde e a segurança têm de melhorar muito", reconheceu. O programa de Cristovam Buarque (PDT) começou com a exibição das capas dos jornais trazendo o escândalo do dossiê. Depois argumentou que só a educação pode "completar a lei Áurea". E pediu mais votos: "Temos 2 milhões de eleitores, tenho muito orgulho deles e até outubro podemos ser muitos milhões." A candidata Heloísa Helena (PSOL) não citou o escândalo, aproveitou o tempo para pedir mais votos para conseguir chegar ao segundo turno.

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