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Horário gratuito vai ao ar sob impacto de nova pesquisa eleitoral

O candidato tucano continuou a bater forte no adversário. O horário de Lula abriu com uma lista completa e "martelada" das privatizações feita pelo governo tucano de Fernando Henrique Cardoso

Por Agencia Estado
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A 12 dias do segundo turno, a propaganda eleitoral da coligação "Por Um Brasil Decente" foi ao ar sob o impacto da divulgação da pesquisa Datafolha, veiculada no Jornal Nacional na noite desta terça-feira, na qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato á reeleição pelo PT, abre 20 pontos de vantagem sobre o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin - 60% contra 40% das intenções de voto. O candidato tucano continuou a bater forte no adversário, sem deixar de manter o perfil de "tocador de obras", num País que alega estar tomado pela "paradeira" - sem crescimento econômico e perdendo de goleada para os países da América do Sul. Alckmin usou a metáfora do futebol, tão comumente usada por Lula, para dizer que "enquanto o presidente fica ajeitando o meião, a gente toma de goleada", lembrando o episódio em que Roberto Carlos, na Copa do Mundo, vacilou arrumando as meias e a França fez um de seus gols. Para comprovar sua função de "tocador de obras", Alckmin destaca que entre suas maiores obras está a implantação dos programas sociais - "Dose Certa", "Bom Prato" e o "Renda Cidadã". As falas são corroboradas pelo apoio políticos de figuras como Aécio Neves (PSDB-MG), José Serra (PSDB-SP) e Yeda Crusius (PSDB-RS) e críticas de pessoas comuns - de diversos Estados e variadas idades e condição social. Depois, mantendo o estilo "linha direta" adotado no 1º turno, surge um asséptico narrador mostrando imagens de Lula e cobrando as promessas eleitorais feitas em 2002 . Elas são contrapostas aos escândalos do "mensalão", "cuecão", "Caixa 2", "dinheiro da mala", às quedas dos ministros amigos do presidente, para arrematar com a pergunta ainda não respondida sobre o dossiê Vedoin - "De onde vem o dinheiro?". O personagem central do horário eleitoral tucano, nesta terça-feira, foi Lula. Certo e duvidoso Antes do candidato do PT aparecer, na linha paz e amor, o horário da coligação "A Força do Povo" coloca, claramente, a mensagem que mais irrita o tucanato: uma lista completa e "martelada" das privatizações feita pelo governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, na Presidência da República e o do próprio Alckmin, no Estado de São Paulo. Tudo para destacar que essa é a ameaça persiste sobre a Petrobras, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, no caso de se "trocar" de presidente. Lula aparece depois recordando como pegou o País quebrado, com a inflação sem controle, baixos investimentos em programas sociais e alto índice de pobreza que reduziu em 19%, criando 7,5 milhões de empregos, ampliando o crédito para os trabalhadores e recuperando o salário mínimo. E mostrando a aposta em tecnologia, no biodiesel e no H-Bio como novas fontes limpas de energia e de criação de trabalho também no setor agrícola. Encerra sua participação recordando que tudo foi feito "sem milagre, mas com trabalho, determinação e compromisso com o Brasil". O horário do PT é fechado com um canto de fundo: "não tem porquê trocar!" . Direito de resposta Alckmin garantiu nesta terça-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) direito de responder a afirmações veiculadas na propaganda do presidente Lula, que foram consideradas difamatórias pela maioria dos ministros do TSE. Na propaganda do petista, foi veiculado que no governo passado foram acobertados escândalos. Lula perderá um minuto do horário eleitoral gratuito no rádio e outro na televisão. Esse tempo será usado por Alckmin para exercer o direito de resposta.

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