18 de agosto de 2009 | 11h52
O ex-cirurgião plástico Hosmany Ramos foi preso na semana passada na Islândia. Ele estava foragido da Justiça e foi preso ao tentar entrar no país. A informação foi confirmada pela editora Geração Editorial, que publica os livros de Hosmany Ramos no Brasil. Marco Antônio Arantes de Paiva, advogado do ex-cirurgião, voltou a afirmar ao estadao.com.br que vai abandonar a defesa do caso.
Paiva contou que a última vez que falou com seu cliente foi em dezembro, quando Hosmany Ramos demonstrou interesse em sair do País. Segundo ele, não foi informado sobre a saída de Hosmany do Brasil nem sobre sua prisão na Islândia.
À imprensa da Islândia, Hosmany declarou que não se sente na cadeia, mas sim em um "hotel 4 estrelas". "Aqui, não estou preso. É como um hotel 4 estrelas. Nunca vi algo assim", disse Hosmany em uma entrevista ao Canal 2. "Em uma cela deste tamanho há de 30 a 40 presos no Brasil", declarou.
Hosmany foi preso usando o passaporte do irmão. O documento falso foi descoberto no Aeroporto de Keflavik, na Islândia. Ele chegava de Oslo, na Noruega, e embarcaria para o Canadá.
O ex-médico, que trabalhou com Ivo Pitanguy e era presença frequente nas colunas sociais, se recusou a voltar à cadeia após conseguir o benefício do indulto de Natal em 2008.
Preso em novembro de 1981, Hosmany foi condenado a 53 anos de prisão pelo assassinato de dois cúmplices - o piloto Joel Avon e o estelionatário Firmiano Angel -, por roubo de aviões e contrabando de carros importados. De acordo com a nota enviada por seu suposto assessor, "era um médico famoso e intelectual refinado, quando, de repente, por razão que nem ele mesmo consegue explicar, viu-se do outro lado da lei".
Texto ampliado às 14h35 para acréscimo de informações.
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