
29 de setembro de 2010 | 00h00
O Hospital Evangélico do município de Dourados (MS) gastou um total de R$ 800 mil em propinas pagas aos 11 dos 12 vereadores da Câmara Municipal. O dinheiro foi distribuído pelo hospital, que é privado, para garantir a manutenção do convênio com a prefeitura, cujo repasse mensal é de R$ 3,2 milhões.
A denúncia está no processo enviado à Justiça pelo Ministério Público Estadual. Os promotores estimam que cada vereador recebia cerca de R$ 50 mil por mês em propinas de várias fontes, incluindo parcelas pagas pelas empresas beneficiadas em licitações públicas fraudadas.
Ainda ontem, sob protestos de populares que lotaram o plenário da Câmara, foi criada a comissão que vai julgar a cassação do prefeito Ari Artuzi, que comandava o esquema de corrupção no município. O processo deve levar 90 dias. Os manifestantes exigiam também a cassação dos 11 vereadores acusados pelo MP. A comissão é composta por 3 dos 11 vereadores indiciados pela Polícia Federal.
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