Hotel Popular sofre sabotagem no Rio

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Com inauguração marcada para a próxima segunda-feira, o Hotel Popular, construído pelo governo do estado na Central do Brasil para alojar trabalhadores que não têm dinheiro para voltar para casa, pode ter sofrido um ato de sabotagem, que teria como objetivo adiar sua abertura. Na madrugada de hoje o cabo de alta tensão que alimenta a subestação de energia do hotel foi cortado, deixando as instalações sem luz. Segundo Ricardo Lemos, engenheiro da Ibeg Engenharia, empresa responsável pela obra, o ato só pode ter sido praticado por alguém que tinha conhecimento técnico. "Além de cortar o cabo de alta tensão, a pessoa desregulou o transformador e desligou um cabo de baixa tensão. Um vândalo qualquer não saberia fazer isso", disse Lemos. O fornecimento de energia foi interrompido da zero hora às 3h. Amanhã e domingo, técnicos permanecerão de plantão para que o hotel seja entregue na data marcada. Não houve prejuízos financeiros, mas, antes de consertar os equipamentos danificados, o governo do Estado terá de aguardar o conserto do cabo de alta tensão - o que tem que ser feito pela Supervia, empresa que administra os trens urbanos, já que o cabo fica na rede elétrica externa. A Supervia informou que o serviço será iniciado ainda esta noite, depois do fim do tráfego dos trens, e que disponibilizará suporte técnico para auxiliar nos reparos. O transformador que abastece o hotel fica no andar superior da gare da Central do Brasil, local de acesso restrito. Não se sabe como os vândalos chegaram até lá. O delegado Pedro Paulo Abreu, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), foi chamado ao local de manhã e confirmou a hipótese de sabotagem. "Já tínhamos registro de ocorrência semelhante. Cabos de energia já foram cortados propositalmente, para impedir a circulação de trens", disse Abreu. O Hotel Popular vai funcionar em cima do Restaurante Popular do Betinho, de segunda à sexta-feira, ao preço de R$ 1. O subsecretário de Ação Social, Ricardo Bittar, acredita que o ato tenha partido de "grupos que querem desestabilizar o projeto, de grande importância social."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.