IBGE: serviços detêm 43% dos trabalhadores sem carteira assinada

Em 2012, 43,1% de toda a força de trabalho, a maioria jovens e idosos, estava na informalidade

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Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

RIO - O segmento com maior peso na atividade econômica brasileira também é o que detém o maior número de empregos precários no País, informou o IBGE na Síntese de Indicadores Sociais 2013 divulgada nesta sexta-feira, 29. O segmento de serviços emprega 43% das 13,9 milhões de pessoas que ainda trabalham sem carteira assinada. Entre as mulheres que estão na informalidade, a fatia que está empregada nos serviços é ainda maior: 66,4%.

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Outra classe marcada pela informalidade, a de trabalhadores por conta própria, também teve atuação predominante nos serviços. Em 2012, dos 19,5 milhões de indivíduos com 16 anos ou mais que trabalhavam por conta própria, 29,6% estavam nesse setor. O IBGE destacou no estudo as categorias de trabalhadores por conta própria e empregados sem carteira de trabalho por serem muitas vezes classificadas como formas de trabalho precário, em função da baixa taxa de formalização e do baixo rendimento.

O mercado de trabalho brasileiro ainda é formado por uma massa de trabalhadores informais, o equivalente a 43,1% de toda a força de trabalho em 2012, a maioria jovens e idosos. No entanto, houve avanço significativo ao longo de uma década.

O contingente de trabalhadores formais passou de 44,6% em 2002 para 56,9% em 2012, um crescimento de 12,3 pontos porcentuais. Segundo o IBGE, o avanço na formalização do emprego foi provocado pela retomada do crescimento econômico, aumento da renda real, redução do desemprego, política de valorização do salário mínimo e medidas de incentivo à formalização.

Mas as desigualdades regionais ainda persistem. Enquanto o Sudeste tem 66,9% do porcentual de seus ocupados com 16 anos ou mais já em atividades formais, a fatia dos empregados formais na força de trabalho do Nordeste foi de apenas 38,6%. No Norte, os trabalhadores em situação regular eram apenas 38,7%.

O Estado do Maranhão foi o que obteve pior resultado, com a informalidade atingindo 74,5% dos ocupados. No Pará, 67,5% dos trabalhadores estavam na informalidade.

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